Audiência vai abordar o legado do educador Paulo Freire

O professor é reconhecido pelo seu método de alfabetização de adultos e pensamento pedagógico centrado na política.

16/09/2016 - 12:52 - Atualizado em 16/09/2016 - 16:00

As contribuições do educador e filósofo Paulo Freire para a educação serão tema de reunião da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião será nesta segunda-feira (19/9/16), às 14 horas, no Auditório, atendendo a pedido do deputado Rogério Correia (PT).

"Paulo Freire é mundialmente conhecido pela sua incansável luta em prol da valorização da educação, por defender que este é o instrumento para o avanço de uma sociedade", afirmou Rogério Correia.

O deputado acrescentou que o reconhecimento ao educador se faz necessário no atual contexto do País devido à possibilidade de cortes na área educacional, por parte do governo federal, o que iria na contramão do legado de Freire. 

Biografia - Paulo Freire (1921-1997) foi um educador brasileiro reconhecido especialmente pelo seu método de alfabetização de adultos e pensamento pedagógico centrado na política, segundo o qual considerava a conscientização do aluno o maior objetivo da educação. Sua principal obra foi o livro “Pedagogia do Oprimido”.

Para ele, a educação deveria ser libertadora, o que significaria dar ao aluno ferramentas para “ler o mundo” e se conscientizar. Isso levaria, segundo ele, à compreensão, pelas classes desfavorecidas, da sua situação de opressão e, assim, à luta pela libertação.

Convidados - Foram chamados para participar da reunião o presbítero da Arquidiocese de Belo Horizonte, do Fórum Político Interreligioso e membro do Conselho das Igrejas Cristãs de Minas Gerais, padre Henrique de Moura Faria; a editora do Jornal Brasil de Fato, Joana Tavares Pinto da Cunha; a assistente social Neila Maria Batista Afonso; a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT Minas), Beatriz da Silva Cerqueira; o dirigente estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Cledinei Carneiro Zavaski; o membro da Coordenação Movimento dos Atingidos por Barragens em Belo Horizonte, Joceli Jaison José Andrioli; a pedagoga e membro da Associação José Marti e Solidariedade a Cuba, Maria José da Silva; e a educadora do Teatro do Oprimido Augusto Boal, Rosemeire Regina Pacheco.