Na Reunião Especial de Plenário, foi destacado o avanço do Estado de Israel em diversas áreas
Ohana salientou que, desde a independência, a população do país aumentou cerca de 10 vezes

Independência de Israel é celebrada no Plenário

Estado judaico teve sua independência declarada em 14 de maio de 1948.

07/06/2016 - 13:09 - Atualizado em 07/06/2016 - 14:07

O Dia da Independência do Estado de Israel foi comemorado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em Reunião Especial de Plenário na noite da última segunda-feira (6/6/16). Solicitada pelo deputado João Leite (PSDB), a solenidade homenageou o país, que teve sua independência declarada em 14 de maio de 1948.

“Algumas pessoas me perguntam por que homenageio Israel anualmente, e a resposta é bem singela: trata-se de uma nação de cultura milenar, estabelecida como país há apenas 68 anos, sob princípios inspirados no próprio Deus, e com a qual temos aprendido muito. E temos de aprender mais”, afirmou João Leite. De acordo com o parlamentar, quase 30% dos ganhadores do Prêmio Nobel são de origem judaica.

O parlamentar destacou o avanço do Estado de Israel em várias áreas, comparando com o Brasil. Disse, por exemplo, que em Israel é possível fazer exames oncológicos a partir de construções holográficas dos órgãos dos pacientes, mas no Brasil as filas para atendimento são quilométricas. Falou também de tecnologias para evitar acidentes de trânsito e investimentos em universidades e pesquisas. “É momento de cairmos na nossa realidade, pois precisamos aprender”.

Homenageado destaca unificação de Israel

O presidente da Federação Israelita de Minas Gerais, Salvador Ohana, recebeu placa comemorativa alusiva à homenagem. Ele salientou que, nessas quase sete décadas, a população do país aumentou aproximadamente 10 vezes. Hoje, 75% dessa população seria de judeus, 20% de árabes-israelenses e 5% de cristãos e outras minorias. Ohana chamou Israel de país jovem e moderno, com alta qualidade de vida.

Ohana também destacou a reunificação de Jerusalém, em 1957, depois da chamada Guerra dos Seis Dias. “Israel e os judeus do mundo inteiro conseguiram retomar o local mais importante para o judaísmo, que, durante 19 anos, ficou em mãos jordanianas, que proibiam o acesso dos judeus aos locais sagrados, transformando-os em depósitos de lixo”.

Segundo o presidente da federação, após a reunificação, a liberdade religiosa de acesso aos locais sagrados teria sido instalada, e cristãos, muçulmanos e judeus teriam passado a te acesso a esses locais. “Essa é a mensagem que queremos deixar para todos os povos e países do mundo: temos que aprender a conviver pacificamente, e não em constantes conflitos”, disse.

Ao fim da reunião, o deputado João Leite leu uma mensagem enviada pelo presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (PMDB), na qual ele destaca a presença, em Minas Gerais, de um “produtiva colônia judaica”. “Afinal, tantos de nossos valores têm a mesma origem, não bastasse termos em comum os fundamentos de nossa espiritualidade”, concluiu.

Músicas israelenses - Durante a solenidade, os músicos Paola Gianini e Cláudio Giovanni apresentaram duas canções, Uf Gozal e Ani ve ata, ambas de composição de Arik Einstein. O israelense exerceu grande influência sobre a música daquele país e, com Shalom Hanoch, plantou as primeiras sementes do rock de Israel, fundindo esse ritmo e o pop aos estilos locais. Para muitos, ele é considerado a voz de Israel.