Mencionando a crise econômica por que passa o Brasil, o novo presidente da Eurocâmara de Minas Gerais, Valentino Rizzioli, disse nesta terça-feira (10/5/16) que os investimentos europeus no Estado são de longo prazo e que os empresários de fora que aqui investem têm consciência de que ninguém instala uma fábrica esperando resultados em poucos meses. Vice-presidente executivo da Fiat, Rizzioli afirmou que vários países entram e saem de crises. “O importante é transmitir confiância”, frisou ele sobre o atual contexto brasileiro ao ser homenageado pela Comissão de Cultura, em reunião realizada no Salão Nobre da Assembleia Legislativa de Mimas Gerais (ALMG).

Criada em 2010, a Eurocâmara de Minas Gerais reúne representações da Itália, Portugal e França para cooperação com o Estado nas áreas econômica, cultural e científica. Rizzioli assumiu a presidência para o biênio 2016-2017, sucedendo Alexandre Valadares Mello. Para o novo dirigente, que recebeu voto de congratulações da comissão, juntamente com a Eurocâmara, as relações culturais entre os três países com Minas e com o Brasil estão em patamar elevado, ao passo que as relações comerciais precisam avançar mais.

O presidente da comissão, deputado Bosco (PTdoB), frisou que a Eurocâmara é exemplo de integração de países que, num mundo globalizado, buscam o melhor para cada um, mas assumindo também responsabilidades para com as gerações de hoje e do futuro e almejando soluções para um crescimento ordenado de todos.

Autor do requerimento da reunião, o deputado Agostinho Patrus Filho (PV) lembrou dos momentos iniciais da fundação da Eurocâmara, que definiu como importante instrumento para as relações de internacionalização de Minas Gerais. “A Assembleia de Minas quer se juntar a esse esforço, não só para que sejam obtidos avanços nas relações comerciais, mas também nas áreas social e cultural”, frisou.

O deputado Tiago Ulisses (PV), também presente, manifestou expectativa de que países como Alemanha e Grã-Bretanha integrem a Eurocâmara de Minas para aumentar as parcerias. Consideração semelhante foi feita pelo presidente da Eurocâmara no biênio anterior. Para Alexandre Valadares Mello, a entidade venceu seu primeiro ciclo, de implantação, e tem pela frente um horizonte propício a mobilizar novos parceiros junto a consulados de países europeus comprometidos em unir os interesses de Minas e da Europa.

Citando exemplos de missões que trouxeram bons resultados para Minas nas relações com os três países, o chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Governo do Estado, Rodrigo de Oliveira Perpétuo, anunciou que o governo mineiro iniciou, no mês passado, o Programa de Internacionalização Regionalizada.

O objetivo, segundo ele, é engajar entidades estaduais e locais, universidades, prefeitos, vereadores, indústrias e pequenas e médias empresas em ações voltadas para ampliar as relações de Minas com outros países. Essa agenda descentralizada, disse ainda, pode ter a Eurocâmara como parceira.

Compuseram a mesa, ainda, a cônsul da Itália em Minas Gerais, Aurora Russi; o presidente da Câmara de Comércio Portuguesa, Ferando Meira Ribeiro Dias; e o chefe do escritório de representação do Ministerio das Relações Exteriores em Minas, embaixador Paulo Wagner de Miranda.

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