Deputados e comitês de bacias vão analisar os impactos ambientais sobre o Rio Doce - Arquivo/ALMG

Cipe Rio Doce realiza audiências sobre desastre em Mariana

Encontros em Aimorés, no Rio Doce, e em Colatina, no Espírito Santo, vão reunir comitês de bacias.

08/04/2016 - 14:30

A Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce (Cipe Rio Doce) realiza duas reuniões plenárias na quinta-feira (14/4/16) para debater os impactos da tragédia ocorrida em Mariana (Região Central), em 5 de novembro de 2015, sobre a bacia do Doce. A primeira audiência pública será às 9h30, na Câmara Municipal de Aimorés (Rua Olegário Maciel, 230 – Centro), na Região do Rio Doce; e a segunda, às 18 horas, na Câmara Municipal de Colatina (Rua Professor Arnaldo Vasconcelos Costa, 32, Centro), no Espírito Santo.

Os deputados vão debater os impactos do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco Mineração e também apurar a real situação estrutural e organizacional do Comitê Nacional da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e de seus comitês regionais em Minas Gerais e no Espírito Santo. O objetivo é conhecer as demandas, a situação dos territórios sob jurisdição dos comitês e a implementação dos instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos.

As reuniões foram requeridas pelas deputadas Celise Laviola (PMDB) e Rosângela Reis (Pros) e pelos deputados Bonifácio Mourão (PSDB), Celinho do Sinttrocel (PCdoB) e Iran Barbosa (PMDB), de Minas Gerais, além das deputadas Luzia Toledo (PMDB), Eliana Dadalto (PTC), Raquel Lessa (SDD) e dos deputados Guerino Zanon (PMDB), Da Vitória (PDT) e Dary Pagung (PRP), do Espírito Santo.

Celise Laviola, que preside a comissão da ALMG, destaca que as reuniões em Aimorés e Colatina servirão para unir e organizar os esforços dos vários comitês regionais de bacia com o objetivo de garantir a recuperação do Rio Doce em toda sua extensão. "São esses comitês que sabem a real situação do rio, tanto antes da tragédia quanto agora. Eles têm capacidade técnica e estudos sobre o que pode ser feito, mas esse esforço precisa ser organizado nos dois Estados. Afinal, o Rio Doce tem sua importância tanto para os municípios mineiros quanto capixabas", afirma.

Convidados – A Comissão Extraordinária das Barragens da ALMG abre a lista de convidados, que tem ainda o prefeito de Aimorés, Alaerte da Silva, e o presidente da Câmara Municipal, Sebastião Ferreira de Souza; o presidente do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Iema), Albertone Sant'ana Pereira; o diretor-presidente do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo, José Maria de Abreu Júnior; o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Sávio de Souza Cruz; e a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, Maria de Fátima Chagas Dias Coelho.

Da área jurídica devem participar o procurador-chefe da União em Minas Gerais, Adílson Alves Moreira Júnior; o procurador-geral de justiça do Espírito Santo, Rodrigo Rabello Vieira; o advogado-geral do Estado de Minas Gerais, Onofre Alves Batista Júnior; e o defensor público-geral do Estado do Espírito Santo, Leonardo Oggioni Cavalcanti de Miranda.

Também foram convidados os presidentes dos Comitês das Bacias Hidrográficas do Rio Doce, Leonardo Deptulski, também prefeito de Colatina (ES); do Rio Piranga, Carlos Eduardo Silva; do Rio Piracicaba, Flamínio Guerra Guimarães, também vice-prefeito de Nova Era; do Rio Santo Antônio, Felipe Benício Pedro; do Rio Suaçuí, Willian Vagner Matos Cardoso; do Rio Caratinga, Ronevon Huebra da Silva; e do Rio Manhuaçu, Senisi de Almeida Rocha; além do diretor-geral da Agência de Água do Comitê do Rio Doce, Ricardo Valory, e da presidente do Instituto Terra, Lélia Deluiz Wanick Salgado.