A Comissão de Prevenção e Combate ao Uso de Crack e outras Drogas aprovou, nesta terça-feira (8/3/16), requerimento de audiência conjunta para discutir a política estadual de tratamento de dependentes químicos e a atuação das comunidades terapêuticas, ambulatórios e instituições afins. O objetivo é aprofundar, juntamente com as Comissões de Saúde e de Segurança Pública, as discussões feitas sobre o assunto na quarta-feira passada (2), quando representantes de comunidades terapêuticas criticaram, na Comissão de Segurança Pública, atrasos em repasses do Governo do Estado e o descaso com o trabalho das entidades que atendem a dependentes.

Diante da situação, o deputado Léo Portela (PR), um dos autores do requerimento, anunciou que deixaria o cargo de Vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Segundo ele, a política anti-drogas do Estado está sendo desmantelada e muitas comunidades terapêutcas estariam há mais de seis meses sem receber recursos de convênio firmado com o governo.

Também assinam o requerimento o presidente da comissão, deputado Antônio Jorge (PPS), e o vice-presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado João Leite (PSDB). Na audiência, serão discutidos, ainda, o andamento dos programas Rede Complementar de Suporte Social na Atenção ao Dependente Químico, Aliança pela Vida e Território Aliança.

Segundo Antônio Jorge, programas como o Aliança pela Vida estão sendo desmantelados pelo governo estadual, que estaria promovendo a descontinuidade do financiamento das comunidades e entidades terapêuticas. Com isso, quase mil leitos para tratamento de dependentes já teriam sido desativados, informou o deputado. Para o parlamentar, o mais grave é que o governo não estaria acenando com nenhuma nova ação para substituir o que está sendo desconstruído.

Visitas - Também foram aprovados na reunião dois requerimentos do presidente para realização de visitas. Uma delas, à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) em Belo Horizonte, é para solicitar parceria na divulgação e na coleta de assinaturas no âmbito da campanha "Cerveja Também é Álcool". A outra, ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA/BH), na Capital, tem o objetivo de conhecer o trabalho realizado e as dificuldades enfrentadas pelo órgão.

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