Na Reunião Ordinária desta quarta-feira (16/12/15), parlamentares se revezaram na tribuna do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para ora criticar, ora elogiar a atuação do Governo do Estado. O deputado Sargento Rodrigues (PDT), do Bloco Verdade e Coerência, de oposição, condenou a redução de recursos destinados à segurança pública. Já Cristiano Silveira (PT), do Bloco Minas Melhor, governista, rebateu essas ponderações e outros pronunciamentos de deputados da oposição.

Para Sargento Rodrigues, Minas Gerais vive uma situação de total insegurança pública. “A violência e a criminalidade vêm ganhando contornos assustadores e quais são os motivos? Todas as promessas feitas na campanha na área da segurança não foram cumpridas”, afirmou. Segundo ele, o governador Fernando Pimentel disse que iria contratar 12 mil policiais e, até agora, nenhum foi chamado. “Os novos policiais só vão chegar às ruas em 2017, isso se Pimentel chegar ao final do mandato”, ironizou o deputado, referindo-se às investigações da Polícia Federal sobre o governador.

Rodrigues comparou números oficiais dos gastos do governo deste ano com os de 2014. Segundo ele, nos 11 primeiros meses do ano passado, os investimentos na Polícia Civil foram de R$ 32,76 milhões, enquanto que em 2015 foram de pouco mais de R$ 3 milhões. Já na rubrica custeio, em 2014, a Polícia Militar gastou R$ 349 milhões e, em 2015, foram R$ 269 milhões. Cerca de 40% da frota da PM está no estaleiro, de acordo com o parlamentar.

O deputado criticou também o aumento de impostos na conta de energia e em mais de 180 produtos e apresentou vídeo de Pimentel falando que iria reduzir a alíquota sobre a conta de luz.

Modelo de segurança – Já o deputado Cristiano Silveira avaliou que a questão da segurança pública passa pela discussão de um modelo para a área. “O que se gasta em saúde ou em educação no Brasil é muito menos que o gasto em segurança pública”, lembrou. Para ele, esse dado já mostra uma falha no sistema, que não busca tratar as causas da criminalidade e acaba tornando o País mais violento.

Silveira também considerou ineficiente a atuação das polícias estaduais, com baixo índice de resolutividade. “Hoje, apenas 8% dos crimes são elucidados”, afirmou. Para ele, deveria ser priorizada a prevenção. Com relação ao crescimento da violência citado por Sargento Rodrigues, Cristiano Silveira ponderou que esse incremento vem ocorrendo nos últimos cinco anos, segundo dados do estudo Mapa da Violência, publicado pelo Governo federal. “Um governo em um só ano não dá conta de resolver todos os problemas”, justificou.

O parlamentar aproveitou para rebater as falas de outros deputados que, na fase de oradores, criticaram a área de saúde. “É claro que temos problemas, mas não concordo que uma tragédia esteja instalada”, avaliou. Ele lembrou que a rede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi criada pelo governo petista, propiciando a todo cidadão o atendimento de urgência e emergência. Outro avanço citado por ele foi o programa Mais Médicos, aprovado por 80% dos usuários.

Desfiliação - Ainda na mesma reunião, foi lida comunicação do deputado Lafayette de Andrada informando sua desfiliação do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e sua filiação ao Partido da Mulher Brasileira (PMB), a partir de 1º de dezembro.

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