Panorama faz reflexão sobre o consumismo
Programa da TV Assembleia aborda os limites entre o simples ato de comprar e o exagero.
15/12/2015 - 13:21 - Atualizado em 15/12/2015 - 13:56O que leva as pessoas a considerarem determinados bens tão importantes? É preciso comprar para se sentir aceito? Qual é a influência da publicidade e da indústria do entretenimento para que o consumo sempre aumente? Esses são alguns dos questionamentos do Panorama, programa da TV Assembleia que vai ao ar nesta terça-feira (15/12/15), com o objetivo de levar ao telespectador uma reflexão sobre o consumismo.
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Com a aproximação das festas de fim de ano, a tendência ao consumismo aumenta, impulsionada sobretudo pelos apelos da publicidade e dos meios de comunicação. O Panorama pretende abordar os limites entre o ato de comprar corriqueiro e o exagero e também as dificuldades de se viver em uma sociedade em que ter bens materiais significa muito. No estúdio, para discutir o tema, dois convidados: o psicólogo Dalton Ricaldoni e a jornalista e especialista em educação ambiental e sustentabilidade Desirée Ruas, da Rede Brasileira Infância e Consumo.
Muitas pessoas sentem um prazer especial em fazer compras. Afinal, todo mundo trabalha tanto, argumentam. Mas, muitas vezes, quando estão angustiadas, insatisfeitas ou ansiosas, elas podem perder o senso crítico e adquirir bens desnecessários. No programa, serão analisados esses e outros aspectos da questão.
Reprises - O Panorama estreia às 8h30, com reprise às 19h30 e à 1 hora da manhã.
Racismo é o tema em debate na quinta (17)
É comum ouvir que no Brasil não existe racismo e que o brasileiro não tem preconceito, o que seria atestado pela miscigenação racial. Contudo, o chamado mito da democracia racial é questionado por estudiosos e ativistas sociais. Segundo eles, é falsa a ideia de que no País, ao contrário de lugares como África do Sul e Estados Unidos, haveria uma convivência pacífica entre as etnias, em uma sociedade com oportunidades iguais para todos. Na prática, observam, o Brasil ainda reflete as relações escravocratas de séculos atrás, o que seria assinalado pelos indicadores sociais.
A situação social de negros e pardos no Brasil e as consequências do preconceito e dos estereótipos negativos associados a eles é o tema do Panorama desta quinta-feira (17). Para debater o assunto, a TV Assembleia convidou Benilda de Brito, coordenadora do Programa de Direitos Humanos do Odara – Instituto da Mulher Negra, organização feminista negra que visa a superar o preconceito, em nível pessoal e coletivo, além de buscar alternativas que proporcionem a inclusão sociopolítica e econômica das mulheres negras e seus familiares na sociedade.
Reprises - O programa estreia às 8h30, com reprise às 19h30 e à 1 hora da manhã.
Dados - De acordo com dados da Pesquisa Mensal de Emprego, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um trabalhador negro no Brasil ganha, em média, 44% menos do que um trabalhador branco, mesmo quando a escolaridade é a mesma. Além disso, os negros representam apenas 20% dos brasileiros que recebem mais de dez salários mínimos.
Ainda segundo a pesquisa, o percentual de negros entre 18 e 14 anos matriculados no ensino superior passou de 10% em 2001, para 35% em 2011, mas o índice ainda é bem menor que o de brancos, que chega a 65% do total. A população negra representa apenas 20% dos brasileiros que chegam a fazer pós-graduação no País.