A comissão aprovou uma visita à secretária de Estado de Educação, Macaé Maria Evaristo dos Santos

Situação das Apaes com fim da Lei 100 motiva visita

Cerca de dois mil servidores que trabalham nas instituições podem ser demitidos após 31 de dezembro.

24/11/2015 - 18:21

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) quer fazer uma visita à secretária de Estado de Educação, Macaé Maria Evaristo dos Santos. O objetivo é saber como ficarão os convênios do Governo do Estado com as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) após o dia 31 de dezembro deste ano, prazo estipulado pela Lei Complementar 100, de 2007, para vigência do contrato com profissionais designados sem concurso público. A visita foi aprovada na reunião desta terça-feira (24/11/15).

A preocupação dos deputados é que as Apaes, em Minas, contam com cerca de dois mil servidores que podem ser demitidos no final do prazo. O fim dos contratos foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou inconstitucional a Lei 100, que teve por objetivo efetivar os servidores sem concurso público, ferindo a Constituição.

Transporte - Durante a reunião, três convidados apresentaram queixas à comissão sobre o transporte coletivo em Belo Horizonte, especialmente quanto ao sistema de transporte rápido por ônibus (Move). As cadeirantes Terezinha Ribeiro da Rocha e Sirlene Xavier repetiram reclamações contra o pouco espaço reservado às pessoas com deficiência nos veículos, as dificuldades de acesso das calçadas para as lotações e o mau tratamento que recebem da maioria dos trabalhadores no transporte coletivo. Terezinha teve a cadeira quebrada ao desembarcar de um ônibus, cujo elevador não estava funcionando bem.

Os deputados receberam uma lista de queixas pontuadas por Fabiana da Silva. O presidente da comissão, deputado Duarte Bechir (PSD), se comprometeu a analisar todas elas e atuar junto ao Ministério Público para que sejam tomadas as providências a respeito dos problemas levantados. “O problema é que no Brasil os ônibus são construídos em cima de chassis feitos para caminhões, ou seja, próprios para cargas, e não para transportar pessoas. Por isso, os carros apresentam deficiências. Isso demonstra a falta de respeito com o ser humano”, lamentou Bechir.

Consulte o resultado da reunião.