Deputados visitam Governador Valadares nesta segunda (23) - Arquivo/ALMG

Comissão das Barragens vai a Governador Valadares

Deputados participarão nesta segunda (23) de audiência e depois vão vistoriar Rio Doce, tomado pela lama de minério.

20/11/2015 - 12:56

A Comissão Extraordinária das Barragens da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai a Governador Valadares, nesta segunda-feira (23/11/15), município de aproximadamente 280 mil habitantes no Vale do Rio Doce e um dos mais afetados pelo rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em Mariana (Região Central do Estado). O objetivo é conhecer a dimensão da tragédia na região e debater, em audiência pública, as responsabilidades no caso e alternativas para minimizar o sofrimento dos moradores e os danos ao meio ambiente.

Os requerimentos para essas atividades são do deputado Bonifácio Mourão (PSDB) e da deputada Celise Laviola (PMDB). A audiência pública está prevista para começar às 9h45, na Câmara Municipal de Governador Valadares (Rua Marechal Floriano, 905, Centro), aberta ao público. A partir das 14 horas, os deputados pretendem visitar os bairros Ilha dos Araújos e Santa Rita, às margens do Rio Doce, atingido pela maré de lama de rejeitos de minério que matou sua fauna aquática e interrompeu o abastecimento de água na região.

“O mais importante é conhecer de perto a situação e sentir na pele os problemas que a população está enfrentando. A ideia é contribuir para esse esforço da Assembleia para melhorar a assistência aos atingidos”, destacou Bonifácio Mourão.

Tragédia - No dia 5 de novembro, a barragem de rejeitos de Fundão se rompeu, provocando uma avalanche de lama que soterrou Bento Rodrigues, distrito na zona rural de Mariana, seguindo em direção ao Leste do Estado, onde vitimou diversas outras localidades e contaminou o leito do Rio Doce. Doze pessoas morreram e outras 12 estão desaparecidas. A lama tóxica continua descendo o rio em direção ao Espírito Santo e ao Oceano Atlântico, no que pode ser o maior desastre ambiental da história brasileira.

A mineradora Samarco, responsável pela tragédia, é controlada por uma joint venture de duas gigantes da atividade minerária: a brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Biliton, maior empresa mineradora do mundo.