Governo devolve obra Retrato de Aleijadinho a Congonhas
Termo firmado entre Secretaria de Cultura e fundação da cidade foi assinado nesta quarta (18), em cerimônia na ALMG.
18/11/2015 - 18:53Celebrar o Dia do Barroco, instituído pela Lei 20.470, de 2012. Este foi o objetivo de reunião, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), realizada na tarde desta quarta-feira (18/11/15). Na ocasião, foi assinado Termo de Comodato da obra "Retrato de Aleijadinho", de Euclásio Penna Ventura, firmado entre a Secretaria de Estado de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo do Município de Congonhas (Fumcult), na Região Central do Estado.
O termo devolve ao município o retrato oficial de seu artista mais ilustre, que estava no Museu Mineiro, em Belo Horizonte, desde 1981. Antes disso, o retrato estava em uma coleção particular no Rio de Janeiro e nunca havia sido exposto ao público. Em 1972, a ALMG promulgou a Lei 5.984, que estabelece a obra como sendo o retrato oficial do escultor.
O diretor-presidente da Fumcult, Sérgio Rodrigo Reis, disse que a obra retorna à sua terra de origem num momento muito especial, em que a cidade inaugurará o seu museu, cujo objetivo é ressignificar a importância do patrimônio de Congonhas. Além disso, a cidade celebra 30 anos desde que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) declarou as esculturas do Largo dos Profetas como patrimônio mundial. “O Barroco mineiro está em festa com esse gesto do Governo estadual. Agora a cidade está completa”, comemorou.
O prefeito de Congonhas, José de Freitas Cordeiro, convidou todos os presentes para a inauguração do museu, no próximo dia 3 de dezembro. “Esse gesto de hoje significa muito para nós. Aleijadinho é parte da nossa cidade, foi lá que ele se imortalizou. E este retrato abrilhantará ainda mais esse nosso grande espaço cultural”, destacou.
O secretário de Estado de Cultura, Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, explicou que o museu exporá não apenas o retrato do artista, mas diversas outras relíquias nunca antes vistas pelo público, como a caixa de esmolar usada pelo português Feliciano Mendes para arrecadar doações para a construção do Santuário do Bom Jesus, em Congonhas. “Inclusive as estátuas originais dos profetas terão um espaço especial no prédio, onde ficarão preservadas das intempéries enquanto réplicas fidedignas irão para o Largo, ficando ao ar livre”, contou. Ele enfatizou que o museu é apenas mais uma das iniciativas do Governo estadual de valorização da cultura do interior do estado.
O presidente da Comissão e autor do requerimento para realização da reunião, deputado Bosco (PTdoB), frisou que a devolução do retrato de Aleijadinho a Congonhas é um “ato histórico”. “Esse gesto faz parte da valorização das riquezas do interior do nosso estado. E o novo espaço só vai contribuir para preservar, ainda mais, a arte barroca em Minas Gerais”, definiu.
Presenças - Também estavam presentes ao evento os deputados Durval Ângelo (PT) e Wander Borges (PSB); o secretário-adjunto de Estado de Cultura, Bernardo Novais da Mata Machado; o vice-prefeito de Congonhas, Arnaldo da Silva Osório; a superintendente de Museus e Artes Visuais da Secretaria de Estado da Cultura, Andrea de Magalhães Matos; e a presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Michelle Arroyo.