A Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza, nesta quarta-feira (11/11/15), uma reunião com convidados para debater a luta pela resistência cultural dos negros por meio dos chamados Clubes de Negros, como parte da história, memória e do patrimônio imaterial do Estado. A atividade, solicitada pelo deputado Rogério Correia (PT), acontece às 16 horas, no Teatro.

Segundo informações do parlamentar, o século XIX e, principalmente, o século XX proporcionou, a sua maneira, o surgimento dos Clubes Negros, instituições de caráter não apenas vinculado ao lazer, mas que se preocupavam com as diferentes instâncias da vida de seus sócios. Eram espaços associativos do grupo étnico afrobrasileiro, originário da necessidade de convívio social do grupo, voluntariamente constituído e com caráter beneficente, recreativo e cultural, desenvolvendo atividades num espaço físico próprio.

“A audiência pública foi pensada para destacar a importância do Clube Negro e de toda a trajetória que eles percorreram para conquistar o que conquistaram. Vieram justamente para quebrar o preconceito existente em séculos de história”, justifica Rogério Correia.

Convidados – A comissão convidou para participar do debate a subsecretária de Estado de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Cleide Hilda de Lima Souza; o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), Michele Abreu Arroyo; a curadora do 8º Festival de Arte Negra, Rosália Diogo; a antropóloga do Iphan, Vanilza Jacundina Rodrigues; o secretário Municipal de Cultura de Uberlândia (Triângulo mineiro), Gilberto Neves; a presidente da Associação Mineira dos Clubes Sociais Negros, Lourdes Ida; e a autora do livro "Clubes de Negros", Margareth Cordeiro Franklim.