Oito audiências realizadas no interior e na Capital embasaram relatório entregue ao superintendente Regional da Polícia Federal no Estado, Sérgio Barboza Rezende

Superintendente da PF recebe relatório de audiências da ALMG

Em visita, Comissão de Segurança Pública entregou resultados de reuniões no interior para auxiliar atuação do órgão.

28/10/2015 - 13:17

Os deputados da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) entregaram, ao superintendente Regional da Polícia Federal (PF) no Estado, Sérgio Barboza Rezende, relatórios de oito audiências públicas realizadas no interior e na Capital, com o objetivo de apoiar o trabalho do órgão. O repasse das informações se deu em visita, nesta quarta-feira (28/1015), à Superintendência, localizada na Capital, solicitada pelo deputado João Leite (PSDB).

O presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT), explicou que as reuniões revelaram o tráfico de drogas, crime cuja prerrogativa de investigação é da PF, como maior desencadeador de violência no Estado. Para tanto, promoveu a entrega dos relatórios, no sentido de auxiliar o combate desta contravenção pelo órgão. "Sabemos da dificuldade da Polícia Federal na repressão aos tráficos de drogas, armas e explosivos, em especial pelo seu baixo efetivo, mas viemos pedir o esforço do órgão neste sentido", disse. O parlamentar criticou, também, o que chamou de sucateamento crescente da PF.

O superintendente Sérgio Barboza Rezende garantiu ao parlamentar que fará pessoalmente uma análise detalhada dos documentos e lamentou, ainda, a falta de investimentos da União na PF. Segundo ele, haverá cortes financeiros em 2016 e que, portanto, faltarão recursos para sua atuação em Minas Gerais. "A forma de minimizarmos essa carência é trabalharmos em conjunto com as polícias Civil e Militar, por meio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco). É preciso que se façam concursos públicos para que tenhamos um efetivo mais adequado", afirmou.

Diante da situação apresentada, o deputado João Leite afirmou que pretende incluir, nos debates do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), propostas de aumento de investimentos para a Ficco.

Movimentos populares apresentam denúncias

Na visita, representantes de grupos de manifestantes contra a corrupção no País e o atual governo federal relataram ameaças que estariam recebendo como forma de repressão aos atos públicos e de críticas à presidente e ao governador do Estado. De acordo com eles, cidadãos supostamente ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT) teriam feito ameaças de morte e de agressão a membros dos movimentos em episódios recentes, como a manifestação realizada em frente ao Palácio das Mangabeiras, no último dia 17 de outubro.

"Fomos abordados com um sinalizador e um galão de gasolina. Eles foram presos, mas a ocorrência foi alterada por determinação do governador", acusou uma representante de um grupo que não quis se identificar. Outros disseram temer pela vida e querem proteção da PF para que possam se manifestar pacificamente.

Em virtude das denúncias, o superintendente Sérgio Barboza Rezende se comprometeu a analisar os materiais entregues e encaminhar para os órgãos competentes.

Ao final, o deputado Sargento Rodrigues lamentou os fatos e salientou que as denúncias são graves, uma vez que, segundo ele, o serviço de inteligência da Polícia Militar estaria sendo usado pelo governo estadual para reprimir manifestações. "O PT vem agindo de forma sorrateira e ilegal. Contamos com o apoio da Polícia Federal para evitar que isso se repita", concluiu.