Enem
A intolerância religiosa e a questão de gênero abordada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram os temas apontados pelo deputado Leandro Genaro (PSB). O parlamentar manifestou sua indignação por causa de denúncias recebidas pelo deputado Léo Portela (PR) sobre retirada da Bíblia da lista de materiais pessoais sugeridos pelas comunidades terapêuticas, o que, para ele, se configura como “intolerância religiosa”. Segundo ele, um servidor da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) exigiu também a retirada de imagens religiosas das comunidades. Sobre o Enem, o parlamentar afirmou que foi uma forma sutil de incutir valores que destroem a família e condenou a questão que fazia referência ao feminismo. “Tudo faz parte de uma estratégia marxista”, disse. Em aparte, João Leite (PSDB) lamentou a postura dos cristãos que apoiam o PT. Já Léo Portela disse estar estarrecido com o Enem.

Meio Ambiente
A deputada Ione Pinheiro (DEM) parabenizou Leandro Genaro por seu discurso e felicitou o Secretário de Meio Ambiente, Sávio Souza Cruz, por sua postura durante audiência pública desta terça-feira (27). A reunião discutiu as propostas do Projeto de Lei (PL) 2.946/15, do governador, que propõe mudanças na estrutura do Sistema Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A parlamentar sugeriu que o dinheiro arrecadado por meio de multas ambientais seja repassado para os municípios. Ione também cumprimentou o deputado Noraldino Júnior (PSC) por sua atuação à frente da Comissão Extraordinária de Proteção dos Animais e sua luta contra o comércio de animais no Mercado Central. Em apartes, Celise Laviola (PMDB) e Antônio Carlos Arantes (PSDB) destacaram a importância da família e condenaram o conteúdo do Enem, enquanto Bonifácio Mourão (PSDB) criticou o regime de urgência do PL 2.946/15. Noraldino Júnior agradeceu os cumprimentos de Ione.

Militares
Duras críticas do deputado Cabo Júlio (PMDB) foram direcionadas ao diretor do Instituto de Previdência dos Servidores Militares do Estado de Minas Gerais (IPSM). O parlamentar afirmou que recebeu notícias de que o coronel responsável pelo instituto reuniu representantes das categorias e anunciou cortes nos benefícios dos servidores. Cabo Júlio destacou que o IPSM é custeado pelo Estado e pelos servidores, cabendo 11,5% àqueles que ainda estão na ativa e 8% aos aposentados. Segundo o deputado, o responsável teria anunciado o fim da oferta de remédios de uso contínuo e controlado. Posteriormente, o IPSM deixaria de atender casos de órteses e próteses. “Alguém da própria polícia querer tirar os nossos direitos? O instituto é nosso. O diretor não tem mais legitimidade para continuar no cargo”, disse. O deputado agradeceu ao comandante Geral da PM, Coronel Marco Antônio Badaró Bianchini, por intervir a favor da categoria.

Saúde
O deputado Geraldo Pimenta (PCdoB) parabenizou os servidores públicos pelo seu dia, celebrado nesta quarta-feira (28). Lembrou também o Dia dos Médicos, 18 de outubro, destacando alguns dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Datafolha. Segundo ele, a pesquisa solicitada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) revela que 93% da população consideram a saúde no Brasil péssima, ruim ou regular. Já 87% dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) o avaliam negativamente e a saúde é apontada por 43% como tema que deveria ser prioridade dos governos. O deputado destacou que a pesquisa também mostrou que, para a maioria da população, 53%, a gestão é deficiente e os recursos são insuficientes. Segundo ele, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) específica para saúde e a taxação das grandes fortunas poderão garantir R$ 100 bilhões para o SUS, “o maior sistema público de saúde do mundo”, disse.

Seca
A saúde pública e a seca no Norte de Minas foram os temas abordados da tribuna pelo deputado Carlos Pimenta (PDT). Ele cumprimentou o deputado Geraldo Pimenta, que o antecedeu, pelo tema de seu pronunciamento, alegando que Pimenta, como médico, pode atestar as dificuldades que a população vive hoje em termos de saúde pública. E criticou o Governo Federal em relação à gestão da saúde, afirmando que os hospitais são incapazes de oferecer um bom atendimento. No que diz respeito à seca no Norte do Estado, o parlamentar afirmou que as pessoas estão vivendo um pesadelo por causa da falta de água. Também lembrou que em visita à barragem de Juramento, em Montes Claros, constatou que ela está 12 metros abaixo do nível. Carlos Pimenta disse ter recebido denúncias de que empresários estão plantando eucaliptos e, com isso, secando as nascentes. “A água está acabando. Não tem de onde tirar mais”, lamentou.

Consulte os pronunciamentos realizados em reuniões de Plenário.