Com o objetivo de acompanhar o julgamento do episódio conhecido como Chacina de Unaí (Noroeste de Minas), a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) irá realizar uma visita, nesta quinta-feira (22/10/15), ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região - Seção Judiciária de Minas Gerais, localizado na Avenida Álvares Cabral, 1.805, bairro Santo Agostinho, na Capital. A visita, que atende a requerimento do deputado Durval Ângelo (PT), será às 8 horas.

Dentre os acusados de participação no crime faltam ser julgados os irmãos Antério e Norberto Mânica - acusados de serem os mandantes -, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro. Os réus Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan Rocha Rios e Willian Gomes de Miranda foram julgados e condenados em agosto de 2013. Um outro réu morreu antes de ir a julgamento e outro teve o crime prescrito.

No dia 28 de janeiro de 2004, os fiscais do trabalho Erastótenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares e Nelson José da Silva, além do motorista Ailton Pereira de Oliveira, foram assassinados quando faziam um trabalho de fiscalização sobre a ocorrência de trabalho análogo à escravidão na zona rural de Unaí. Após quase 12 anos, terá início o julgamento dos mandantes do crime.

A ALMG já realizou uma série de audiências públicas sobre o assunto. A última foi nesta quarta-feira (21), quando familiares e colegas de trabalho dos quatro funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego cobraram que os responsáveis sejam punidos.