Deputados vão visitar o 22º Batalhão da Polícia Militar

Parlamentares querem verificar condições de trabalho de policiais e estrutura de atendimento dessa unidade.

02/10/2015 - 12:06

A redução em cerca de 50% nos repasses orçamentários à Polícia Militar no último ano motiva a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a realizar uma visita ao 22º Batalhão da PM (Avenida Artur Bernardes, 1337, Santa Lúcia) nesta terça-feira (6/10/15). A atividade, solicitada pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT), está marcada para as 10h30, e tem o objetivo de verificar as condições de trabalho dos policiais, bem como os recursos logísticos disponíveis para sua atuação.

O parlamentar explica que a comissão vem acompanhando a execução orçamentária no que se refere às forças de segurança e o que se vê é um deficit preocupante. Segundo ele, a redução é drástica e chega a aproximadamente 50% (queda de R$ 328 milhões, em 2014, para R$ 172 milhões, em 2015).

Com isso, denúncias dão conta que cerca de 40% das viaturas do 22º BPM estariam paradas por problemas mecânicos, além da falta de equipamentos de proteção individual, armamento e munição. “Falta recurso para o custeio das necessidades básicas da corporação. As viaturas têm problemas de embreagem, freio e até mesmo combustível. Pretendo verificar in loco quantas viaturas existem no batalhão e quantas estão paradas, assim como as carências básicas que vêm impedindo que a máquina pública funcione adequadamente”, explica o deputado Sargento Rodrigues.

Outra preocupação do parlamentar é com o aumento no número de óbitos de policiais militares em razão do exercício da profissão. De acordo com ele, em 2014 foram registradas sete mortes; em 2015, somente até setembro, já foram contabilizadas 11. “Esses números refletem o grave problema do repasse obrigatório de recursos para a Polícia Militar. A consequência é a redução do policiamento nas ruas e da capacidade de resposta da PM e o aumento da violência”, lamenta.

Convidados – Para a visita, a comissão convidou o ouvidor de polícia do Estado, Paulo Vaz Alkimin; a coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Defesa dos Direitos Humanos, promotora Nivia Mônica da Silva; o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Ailton Cirilo da Silva; o presidente da Associação dos Praças, 3º-sargento Marco Antônio Bahia Silva; e o presidente do Centro Social dos Cabos e Soldados, cabo Álvaro Rodrigues Coelho.