O fim da obrigatoriedade do porte de extintor de incêndio em carros e os impactos dessa medida principalmente para as indústrias que fabricam esse equipamento. Esse será o tema a ser discutido pela Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (6/10/15), às 14h30, no Plenarinho II.

De autoria do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), a reunião vai tratar dos impactos da Resolução 556, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 17/9/15, Essa norma tornou facultativo o uso de extintor de incêndio para automóveis, utilitários, camionetes e triciclos de cabine fechada.

Dalmo Ribeiro mostra-se especialmente preocupado com a possibilidade de redução de postos de trabalho na indústria de extintores de automóveis. “A resolução não deixou somente o cidadão surpreso, mas principalmente o empresário da indústria que produz o equipamento. Agora, temos um grande temor com o indicativo de fechamento dessas indústrias e, consequentemente, a perda de empregos em diversas regiões, principalmente no Sul de Minas”, advertiu.

Matérias publicadas na imprensa começam a repercutir os desdobramentos da medida do Contran, destacando que muitos fabricantes de extintores já tomam medidas para adequar a produção à redução da demanda. A Associação Brasileira das Indústrias de equipamentos contra incêndio (Abiex), que tem 32 associados, estima que parte dos funcionários terão que ser demitidos.

Incêndios - Ao baixar a Resolução 556, o Contran se baseou na estatística de que, dos 2 milhões de sinistros em veículos segurados, 800 tiveram incêndio como causa e destes, apenas 24 (3% do total) informaram que usaram o extintor. A Abiex contesta esses números. Segundo a entidade, os Corpos de Bombeiros informaram o registro de 13 mil incêndios em veículos por ano, sem contar os não registrados. E por isso, a associação defende a obrigatoriedade do uso de extintor nos carros.

Para a reunião desta terça (6), foram convidados: o ministro das Cidades, Gilberto Kassab; o diretor do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Alberto Angerami; os prefeito de Extrema e Ouro fino, no Sul de Minas, respectivamente, Luiz Carlos Bergamin e Maurício Lemes de Carvalho; Victorio Di Napoli Filho, gerente de Qualidade da Kidde Brasil Ltda.- Extrema; Helton Moreira, engenheiro de aplicação da CCS - Climate, Controls & Security do Brasil Ltda – Vinhedo/SP.