Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 18/8/15
A saúde pública foi tema de três deputados; a guerra fiscal e a Marcha das Margaridas também foram abordadas.
18/08/2015 - 21:04 - Atualizado em 21/08/2015 - 14:51Saúde 1
O deputado Glaycon Franco (PTN) elogiou o Governo Estadual pela redivisão territorial de Minas. Afirmou que o atual Território de Desenvolvimento das Vertentes tem indicadores assustadores na área da saúde. O deputado disse que o índice de mortalidade infantil é de 13,8 crianças para cada mil nascidas vivas, muito superior à média estadual, que é de 12,2. Disse também que a região não pode atender pacientes politraumatizados, socorridos em Juiz de Fora (Zona da Mata) ou Belo Horizonte, e não conta com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal (para recém-nascidos). “Isso é fruto da falta de investimentos”, lamentou. Em aparte, o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) reclamou de problemas também no Sul de Minas. Também em apartes, o deputado Durval Ângelo (PT) anunciou retomada de obras de hospitais em Montes Claros (Norte de Minas) e Teófilo Otoni (Vale do Mucuri), e o deputado Antônio Jorge (PPS) contemporizou que o Sistema Único de Saúde (SUS) não pode ser analisado em relação a nenhum governo, e sim como um sistema autônomo.
Saúde 2
O deputado Arnaldo Silva (PR) também discursou sobre problemas de saúde. Ele reclamou que o Hospital Municipal Frei Gabriel, de Frutal (Triângulo Mineiro), atende toda região do baixo vale do Triângulo, composta por 11 municípios e uma população de aproximadamente 200 mil pessoas. Defendeu a regionalização da instituição para ampliar os serviços médicos oferecidos, hoje limitados a apenas urgência e emergência. Em sua opinião, se passar a tratar de casos de média complexidade, poderá ajudar a desafogar o hospital de Uberaba, que também atende toda a região. Arnaldo Silva também reclamou que em Frutal existe uma superintendência regional de ensino que nunca foi instalada e reivindicou sua regularização. Em apartes, o deputado Doutor Wilson Batista (PSD) e a deputada Marília Campos (PT) cumprimentaram o parlamentar pela preocupação com as questões de saúde da região.
Marcha das Margaridas
A Marcha das Margaridas, realizada na última quarta-feira (12/8), em Brasília (DF), foi o tema do discurso do deputado Doutor Jean Freire (PT). Ele lembrou que a manifestação reúne trabalhadores rurais de todo o Brasil, numa homenagem à sindicalista paraibana Margarida Maria Alves, morta brutalmente em 1983 por defender os direitos trabalhistas do homem do campo. O deputado afirmou que, na quinta edição este ano, a marcha fez uma defesa à democracia e se colocou contra tentativas de golpe, contando com a presença da presidente Dilma Rousseff no encerramento da manifestação. Lamentou que a marcha “não teve os espaços merecidos na mídia”. O deputado Durval Ângelo disse ter conhecido Margarida e exaltou a marcha. Já a deputada Marília Campos exaltou o trabalho do governador Fernando Pimentel que, segundo ela, instalou uma câmara de negociação com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Tributação
A evasão de empresas da Zona da Mata mineira para o Estado do Rio de Janeiro foi a preocupação expressada pelo deputado Isauro Calais (PMN). Segundo ele, de janeiro a julho deste ano, 552 empresas já foram fechadas na região em função dos altos tributos pagos em Minas Gerais. Ele lamentou que a Zamboni Atacadista, que empregaria cerca de mil pessoas, anunciou que também trocará Juiz de Fora pelo Estado vizinho, em razão dos benefícios oferecidos pelo governo de lá. “Não podemos dar de bandeja nossa renda para o Rio de Janeiro”, disse ele, sugerindo que o governador mineiro dê uma solução urgente para o caso. Em apartes, Rogério Correia (PT) e Doutor Wilson Batista apoiaram a preocupação do parlamentar e da necessidade de enfrentamento do problema. Rogério Correia afirmou que a empresa disse que a saída é fruto de um processo antigo, já Doutor Wilson Batista lamentou a perda de arrecadação do Estado com a troca.
Santa Luzia
A deputada Cristina Corrêa (PT) também usou a tribuna para reclamar da questão da saúde pública. Segundo ela, a cidade de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, convive com problemas graves: não tem o serviço de Samu e está com o hospital municipal fechado há dois meses. Reclamou que os serviços de partos foram suspensos há dois anos e que o posto de atendimento de urgência também está desativado. Cristina Corrêa afirmou que aguarda um posicionamento e uma solução do secretário estadual. Ela aproveitou para anunciar que as obras do serviço de transporte Move devem ser retomadas na próxima semana e que a linha executiva com Belo Horizonte foi reativada. A deputada recebeu o apoio dos deputados colegas de partido, Cristiano Silveira e Professor Neivaldo, que pediram apartes. Professor Neivaldo também aproveitou para divulgar muitas obras retomadas pelo governador Fernando Pimentel.
Consulte os pronunciamentos realizados em reuniões de Plenário.