Deputado denuncia irregularidade em Hospital Militar
Consultas pediátricas teriam sido pagas em dobro a instituto contratado para fornecimento de médicos e enfermeiros.
15/07/2015 - 16:09Uma investigação interna no Hospital da Polícia Militar que teria identificado pagamentos irregulares por serviços médicos motivou, nesta quarta-feira (15/7/15), um pedido de audiência pública na Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O requerimento, de autoria do deputado Sargento Rodrigues (PDT), presidente da comissão, propõe reunião para averiguar convênio firmado entre o Hospital da Polícia Militar, o Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM) e a Fundação Guimarães Rosa.
Por meio do convênio, de acordo com o deputado Sargento Rodrigues, a Fundação Guimarães Rosa vem fornecendo médicos e enfermeiros para o Hospital da Polícia Militar. No entanto, um relatório de investigação preliminar do próprio hospital teria identificado que consultas pediátricas de urgência, prestadas por profissionais da fundação, foram faturadas como consultas eletivas, gerando pagamento em dobro pelos serviços. O requerimento do deputado propõe que a irregularidade seja averiguada na audiência pública, com a participação do Ministério Público.
Além de denunciar a irregularidade, o deputado Sargento Rodrigues também protestou contra o contingenciamento dos repasses financeiros ao hospital. De R$ 17,9 milhões previstos para o período de janeiro a julho, só foram recebidos R$ 9 milhões, segundo ele. Em abril, por esse motivo, diversas cirurgias teriam sido canceladas.
O deputado também criticou o Governo do Estado pela situação do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros na Capital, onde foi realizada visita na manhã desta quarta-feira (15). Ele afirmou que a unidade está com cerca de 20 viaturas inativas, produtos químicos vencidos desde 2012, casa de máquinas para filtragem de água danificada, vestiários em péssimo estado, entre outros problemas que seriam causados, em sua avaliação, por atrasos nos repasses da verba de custeio.
O deputado Professor Neivaldo (PT) afirmou, em contraponto, que os problemas de manutenção não surgiram nos últimos seis meses, sendo consequência de má gestão no governo passado. “O governador Fernando Pimentel sabe de sua responsabilidade, mas não dá para resolver de uma hora para outra”, declarou.