Os deputados do Bloco Verdade e Coerência negaram a existência de déficit de R$ 7,2 bilhões e a paralisação de 500 obras pela administração anterior

Parlamentares divergem sobre déficit do Estado

Lideranças da base e da oposição ao governo realizaram coletivas de imprensa nesta quarta-feira (8).

08/07/2015 - 18:25

Os deputados do Bloco Verdade e Coerência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Gustavo Valadares (PSDB), Gustavo Corrêa (DEM) e Felipe Attiê (PP) convocaram coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (8/7/15) para contestar dados da base aliada ao governador Fernando Pimentel. Eles negaram a existência de déficit de R$ 7,2 bilhões e a paralisação de 500 obras pela administração anterior, conforme alegado pelo atual governo e pelos parlamentares do Bloco Minas Melhor.

De acordo com as lideranças da oposição, a própria Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) apresentou relatório, em resposta a pedido do bloco via Lei de Acesso à Informação, que desconstrói as afirmações feitas em diagnóstico apresentado pelo Executivo sobre a realidade do Estado. Segundo dados apresentados pelos deputados do bloco, das 500 obras mencionadas, apenas 27 estão, de fato, paralisadas. Também foi contestado o valor do déficit do Estado, uma vez que o Orçamento 2015 não teria contabilizado receitas da ordem de R$ 1,5 bilhão provenientes da Cemig, por exemplo.

Já o líder de governo, deputado Durval Ângelo (PT), disse que as informações sobre o déficit e demais incongruências apontadas pela atual administração constavam da Lei Orçamentária para 2015, que foi aprovada por unanimidade na ALMG. Segundo ele, o número total de obras paralisadas no Estado, na verdade, extrapola o número inicialmente anunciado, chegando a duas mil. Quanto ao déficit, o parlamentar informou que o valor não foi fantasiado e a peça orçamentária pode ser consultada no Portal da ALMG.