Comissão de Minas e Energia visitou as instalações do Centro Brasileiro de Inovação e Tecnologia, no bairro Horto, em Belo Horizonte

Deputados conhecem nova tecnologia fotovoltaica orgânica

Centro de pesquisa insere Minas Gerais em um mercado que pode movimentar R$ 1 bilhão em 2019.

02/07/2015 - 16:56

O presidente e o vice da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputados Gil Pereira (PP) e Bosco (PTdoB), visitaram nesta quinta-feira (2/7/15) as instalações do Centro Brasileiro de Inovação e Tecnologia (Csem Brasil), no bairro Horto, em Belo Horizonte. Localizado no Senai-Cetec, o centro de pesquisa foi criado em 2007, a partir de uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), a gestora de capitais brasileira FIR Capital e o Centre Suisse d'Électronique e Microtechnique (CSEM S/A).

O Csem Brasil se dedica a duas frentes de pesquisa aplicada: microssistemas cerâmicos e eletrônica orgânica. Conforme informações da empresa, a primeira é uma tecnologia mundialmente conhecida como LTCC (Low Temperature Co-fired Ceramics - cerâmica co-sinterizada a baixas temperaturas). A LTCC é utilizada na fabricação de circuitos eletrônicos complexos em empacotamento hermético. Pode ser usada em setores estratégicos como óleo e gás, mineração, aeroespacial, automotivo, comunicações e defesa.

Já a eletrônica orgânica e impressa é uma tecnologia recente que conjuga materiais orgânicos e técnicas de impressão para produção de baixo custo. O processo industrial de impressão de células fotovoltaicas (para energia solar) orgânicas em substrato leve, flexível e transparente é indicado para locais e situações onde não é possível (ou economicamente viável) a utilização de células tradicionais, de silício, mais pesadas e rígidas. Uma das recentes iniciativas do Csem foi criação da Sunew, empresa que atuará na fabricação e comercialização desses módulos fotovoltaicos orgânicos. A produção comercial deve começar no início de 2016.

Durante a visita ao Csem Brasil, os deputados foram recepcionados pelo presidente do centro de pesquisa, Thiago Maranhão Alves, e pelo presidente da FIR Capital, David Travesso Neto. O deputado Gil Pereira disse estar impressionado com a qualidade das células fotovoltaicas flexíveis produzidas no Csem, muito mais leves e práticas que o produto tradicional. “Minas Gerais pode sair na frente nessa área, por meio desse empreendimento que contou com o apoio da Fapemig”, afirmou o deputado. Ele disse que pretende conversar com o presidente da ALMG, deputado Adalclever Lopes (PMDB), sobre a tecnologia, que poderia ser utilizada na própria sede do Poder Legislativo.

A expectativa do Csem Brasil é de que, com a popularização da tecnologia e ampliação da produção, o custo para o consumidor final deve cair. A estimativa da empresa é de que o mercado da tecnologia fotovoltaica orgânica movimente R$ 1 bilhão no País, em 2019, e 6 bilhões de euros, em todo o mundo, em 2022.

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