Especialistas são unânimes em afirmar que a prática de esportes é benéfica em qualquer idade da vida. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o início das atividades esportivas entre os cinco e os sete anos de idade. Mas, quando se trata das competições e o esporte de alto rendimento, o assunto gera divergências. Até que ponto os pais devem incentivar os filhos em treinamentos e onde termina o aprendizado e o prazer e começa o sacrifício? O tema será abordado pelo programa Panorama, da TV Assembleia, que será reprisado nesta terça-feira (23/6/15), às 19h30 e à 1 hora da manhã. Participam do programa a psicóloga Maria Cristina Victer e a professora da Faculdade de Educação Física da UFMG, Kátia Lemos.

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A psicóloga Maria Cristina Victer conta que pesquisas recentes mostram que o hábito da prática esportiva na infância vem trazendo muitos benefícios para as crianças, auxiliando, inclusive, nos tratamentos de distúrbios psíquicos. “O esporte funciona quase como um medicamento por causa das substâncias que libera no organismo”, afirma. No entanto, ela chama a atenção para a diferença entre a atividade física eventual com os exercícios físicos feitos regularmente como rotina e com orientação profissional. São esses últimos, segundo ela, os que trazem os melhores resultados para as crianças.

Já a professora de educação física Kátia Lemos chama a atenção para os cuidados que devem ser tomados pelos pais ao iniciar os filhos na prática do esporte. Segundo ela, é importante que as crianças tenham contato com diversas modalidades esportivas. “No início, é importante que elas possam sentir prazer com as atividades e depois escolham aquela que querem seguir”, afirma. De acordo com Kátia, são comuns os casos de burnout, o abandono por causa de stress e da repetição, quando não há identificação da criança com o esporte escolhido pelos pais.