Uma série de denúncias de que traficantes estariam agindo livremente na UFMG foram publicadas na imprensa - Arquivo/ALMG

Reunião vai abordar tráfico de drogas no campus da UFMG

Problema denunciado pela imprensa será debatido pela Comissão de Segurança Pública nesta quarta-feira (20).

15/05/2015 - 13:09

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza, nesta quarta-feira (20/5/15), audiência pública para debater a ocorrência de tráfico e uso de drogas no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Pampulha, em Belo Horizonte. O debate acontecerá a partir das 9h30, no Plenarinho II, atendendo a requerimento do presidente da comissão, deputado Sargento Rodrigues (PDT).

Segundo o parlamentar, o debate foi motivado após uma série de denúncias publicadas na imprensa dando conta de que os traficantes estão agindo livremente no campus da UFMG. “É um crime hediondo, de grande complexidade, e ainda mais preocupante por estar acontecendo dentro de uma universidade. Não se trata apenas de usuários, mas de traficantes que entram no campus sem que haja uma resposta efetiva por parte das autoridades e, principalmente, da direção da instituição”, afirma o deputado Sargento Rodrigues. “Trata-se de um crime que deve ser combatido com o apoio de toda a sociedade, e por isso a importância da audiência pública”, completa.

Ainda de acordo com o parlamentar, o problema teria contornos ainda mais graves nas dependências da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). “É uma verdade que precisa ser dita. Há alguns estudantes dos cursos de ciências humanas que, ao passar no vestibular, entendem que receberam um certificado autorizando-os a consumir drogas dentro da universidade. A Lei Federal 11.343, de 2006, trata tanto do crime de uso quanto do tráfico. É uma lei ampla que pode inclusive, em virtude da omissão, apontar alguns crimes cometidos pela própria direção da universidade”, avalia.

O deputado Sargento Rodrigues defende uma atuação mais incisiva da direção da UFMG contra o problema, acionando a Polícia Federal, que tem jurisdição sobre a área do campus, ou mesmo apoiando ações das polícias Civil e Militar, que também poderiam investigar o problema. “É uma vergonha para Minas Gerais ter traficantes agindo à luz do dia dentro do ambiente acadêmico”, critica.

Convidados - Foram convidados para a audiência pública o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro; o reitor da UFMG, Jaime Arturo Ramírez; o diretor da Fafich, Fernando de Barros Filgueira; o coordenador da Promotoria de Combate ao Crime Organizado, o procurador de justiça André Estevão Ubaldino Pereira; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Badaró Bianchini; o chefe do Departamento Antidrogas da Polícia Civil, Márcio Lobato; e o superintendente regional da Polícia Federal, Sérgio Barboza Menezes.