Número reduzido de viaturas, baixo efetivo e problemas estruturais e de limpeza. Essas foram as queixas apresentadas pelo chefe do Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio, Ramon Sandoli, durante visita da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) à Divisão Especializada de Operações Especiais da Polícia Civil (Deoesp).

O encontro ocorreu nesta quarta-feira (6/5/15), a pedido do deputado Sargento Rodrigues (PDT). De acordo com o parlamentar, o objetivo era conhecer as necessidades do Deoesp, em termos logísticos e de recursos humanos. O órgão, que engloba sete delegacias investigativas e tem como atribuição a repressão qualificada ao crime organizado, atua em casos de sequestros, grandes roubos, como assaltos a bancos, e em situações em que haja o envolvimento de reféns.

Segundo Ramon Sandoli, atualmente o Deoesp conta com um total de 130 policiais. “Para completar a equipe, precisaríamos de cerca de 30 novos profissionais”, afirmou. Ele também disse existir uma deficiência no número de viaturas. “Contamos atualmente com uma média de 30 carros. Um terço deles está em boa situação e o restante demanda substituição”, relatou. Sandoli disse que, para atender completamente às necessidades do órgão, seria necessário uma frota entre 35 e 40 viaturas.

Outra reclamação apresentada durante a visita está relacionada à limpeza externa do prédio. Segundo Sandoli, é urgente que a área seja capinada e que sejam recolhidos possíveis entulhos que possam acumular água. “Tememos a proliferação da dengue no local”, afirmou. Com relação ao edifício, a principal queixa foi sobre infiltração em alguns cômodos. Sobre armamentos, munições e coletes, Sandoli disse que a quantidade está adequada.

Pressão política –  O deputado Sargento Rodrigues disse que a comissão fará pressão política para que o órgão seja priorizado em suas demandas. Segundo o parlamentar, a Assembleia pode contribuir, ainda, nos momentos de votação de peças orçamentárias. “Também por meio de emendas parlamentares podemos atrair recursos necessários para o setor”, destacou.

O deputado Sargento Rodrigues defendeu um aumento no número de policiais. “É uma área que recebe cobranças de todos os lados. Sem efetivo, nem adianta chegarem recursos para novos equipamentos, pois fica até sem pessoas para operá-los”, salientou. O deputado percorreu todos os cômodos do prédio e pôde notar os problemas apontados por Ramon Sandoli. O chefe do Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio disse contar com o empenho dos deputados para a solução das questões apresentadas.

Durante a visita, o parlamentar defendeu, ainda, a integração das forças de segurança pública do Estado. Ele citou alguns casos que foram solucionados com a ação conjunta das polícias. “É preciso romper com essa cultura da divisão. Quando as coisas são feitas em conjunto, tudo tende a avançar”, pontuou.

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