Fábio Cherem considera ser necessário que a ALMG participe da formulação das propostas da reforma política nacional
Elismar Prado falou sobre o trabalho realizado pela Comissão de Cultura, da qual era presidente na legislatura passada
Segundo Leonídio Bouças, na CCJ já foram designados relatores para mais de quinhentos projetos
Doutor Wilson Batista falou sobre as dificuldades financeiras e sociais que o Brasil enfrenta atualmente

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 18/3/15

Manifestações são lembradas em pronunciamentos, sobretudo a necessidade da reforma política e do combate à corrupção.

18/03/2015 - 19:43

Manifestações
O deputado Fábio Cherem (PSD) falou sobre a manifestação ocorrida no domingo (15) por todo o País. O parlamentar chamou a atenção para a ausência de políticos, afirmando que era evidente a insatisfação da população com toda a classe política. “Tivemos avanços nos últimos anos, mas ainda há mais por fazer”, lamentou. Fábio Cherem destacou ser necessário que a Assembleia participe ativamente da formulação das propostas de reforma política nacional, se necessário com a formação de uma comissão para ir ao Congresso. "Os parlamentares devem estar sensíveis à necessidade de mudanças no sistema político eleitoral", disse. Em aparte, o deputado Rogério Correia (PT) apresentou relatório do Tribunal de Contas do Estado com informações sobre gastos publicitários na gestão anterior. Também em aparte, o deputado Gustavo Valadares (PSDB) disse que participou da manifestação de domingo, reforçando que a mobilização era especificamente contra a presidente Dilma Rousseff.

 

Prestação de contas
O deputado Elismar Prado (PT) fez um balanço de suas ações durante a legislatura anterior, citando medidas que pretende implementar a partir de agora. O parlamentar falou do trabalho realizado pela Comissão de Cultura, da qual era presidente, destacando que Minas Gerais aderiu ao Sistema Nacional de Cultura. Destacou ainda ações como a distribuição do Vale-Cultura, o fortalecimento do Fundo de Política Cultural e sua atuação como relator da Lei de Incentivo à Cultura. O deputado falou ainda sobre a Comissão de Defesa do Consumir, da qual é presidente, ressaltando o grande número de requerimentos já elaborados, envolvendo sobretudo temas como o aumento das tarifas e a qualidade dos serviços públicos. Em aparte, o deputado Durval Ângelo (PT) ressaltou que as manifestações populares fazem parte da democracia, elogiando o comportamento do policiamento, agora sob as novas diretrizes do governo estadual.

 

 

Constituição e Justiça
O deputado Leonídio Bouças (PMDB) chamou a atenção para os trabalhos da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da qual é presidente. Segundo ele, foram designados relatores para mais de quinhentos projetos que já tramitam na Assembleia, permitindo em breve sua análise por outras comissões. O deputado também falou sobre as manifestações do último domingo (15), afirmando existir uma descrença geral com a classe política. Ele alertou sobre a necessidade de dar uma resposta imediata ao clamor popular, sob o risco de haver instabilidade no País, citando como exemplo a Venezuela. “Precisamos de formatar um pacto entre as várias forças para que o Brasil caminhe melhor”, receitou. Em aparte, o deputado Cristiano Silveira (PT) elogiou a atuação do colega na CCJ, reforçando a necessidade de medidas de combate à corrupção que incluam gestões anteriores e todas as esferas de poder. Também em aparte, o deputado Bonifácio Mourão (PSDB) lembrou a queda na popularidade do governo federal.

 

Corrupção
O deputado Doutor Wilson Batista (PSD) lamentou a tendência de classificar a sociedade brasileira entre ricos e pobres nas recentes manifestações populares. Ele também classificou a corrupção como uma doença, criticando as indicações políticas para cargos públicos. "É assim que se iniciam as trocas e favorecimentos entre partidos políticos e os governos", explica. O parlamentar também criticou a nova promessa de uma reforma política que, segundo ele, sempre surge quando vêm à tona escândalos de corrupção, sem que nada seja feito efetivamente. Falou ainda sobre as dificuldades financeiras e sociais que o Brasil enfrenta, destacando a precariedade da saúde pública, da educação dos jovens e a desvalorização da moeda nacional. Em aparte, o deputado Wander Borges (PSB) afirmou que os políticos não podem fomentar a guerra de classes, ressaltando a necessidade de reconhecer os avanços e erros em cada governo. “A crise no Brasil é de valores”, resumiu.

 

 

Consulte os pronunciamentos realizados em reuniões de Plenário.