Duarte Bechir julgou como importante a votação do Projeto de Lei 5.706/15
Alencar da Silveira Jr. defendeu a instituição de uma eleição geral, de presidente a vereador
Arlen Santiago criticou a gestão do governo de Fernando Pimentel
Para Tito Torres, o aumento nas tarifas de energia e combustível não foi revertido em investimentos para a população
Dilzon Melo falou sobre os índices de inflação e desemprego e do número de investimentos

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 10/3/15

Reformas administrativa e eleitoral e gestão dos governos estadual e federal foram alguns dos temas abordados.

10/03/2015 - 21:51

Reforma administrativa
O deputado Duarte Bechir (PSD) falou sobre o Projeto de Lei (PL) 5.706/15, que dispõe sobre a organização básica e estrutura da administração pública do Poder Executivo no Estado. O parlamentar julgou como importante a votação do projeto, ressaltando a necessidade de realizar discussões para aperfeiçoar e corrigir tópicos dispostos no texto original. "Discutir não significa ser contrário, e sim buscar um melhor caminho para os interesses da população", explicou. Citando uma reunião com o senador Antonio Anastasia, o deputado falou que o objetivo principal da votação deve ser as ações e medidas benéficas ao Estado, e não aos interesses pessoais de cada partido. Em aparte, o deputado Gustavo Valadares (PSDB) convidou os parlamentares a se posicionarem de forma contrária à aprovação do projeto de reforma administrativa proposto, alegando que a proposição aumentará os gastos públicos com a criação de novos cargos e secretarias.

 

Eleições
O deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) defendeu mudanças na estrutura política do País. Segundo o parlamentar, é importante fazer uma reforma que unifique os processos eleitorais de âmbito nacional, estadual e municipal. "Não podemos aceitar eleições de 2 em 2 anos. Só para eleger deputados e senadores, o gasto foi de 1 bilhão e 200 mil reais. Precisamos de uma eleição geral, que vá de presidente a vereador", afirmou. Alencar da Silveira Jr. disse que a reforma precisa ser imediata, vigente já nas próximas eleições. O deputado também criticou o número de partidos políticos existentes no País, considerando-o excessivo. Em outro momento, ele considerou como importante a ação de fiscalização, por parte da população, do trabalho legislativo. Com relação a isso, ele lembrou projetos em que esteve a frente, como a Lei da Ficha Limpa e a criação da TV Assembleia em Minas, e que, segundo ele, contribuem para a transparência no poder público.

 

Críticas
O deputado Arlen Santiago (PTB) fez críticas ao governo de Fernando Pimentel em Minas Gerais. Segundo ele, os atuais gestores, responsáveis pela administração pública estadual, estão mais interessados em distribuir cargos públicos para membros da base governista. "Não sou contra as indicações, pois elas são normais e fazem parte do jogo democrático. O que não pode é continuar brincando de escolher, esquecendo a competência e privilegiando o compadrio", explicou. Arlen Santiago afirmou que o governo precisa começar a agir e trabalhar em cima dos problemas que envolvem interesses da população. Sobre isso, o parlamentar citou a saúde como exemplo, afirmando que, segundo a Associação Médica do Estado, um "apagão" de recursos no setor é iminente. O deputado ainda lembrou os aumentos nas tarifas de energia elétrica e combustíveis, ressaltando que, no período de campanhas eleitorais, foi prometido redução dos mesmos pelo atual governo.

 

Critícas 2
O deputado Tito Torres (PSDB) também realizou críticas ao Governo de Minas. Ele afirmou que, o aumento nas tarifas de energia e combustível proporcionou um crescimento na arrecadação de recursos. O parlamentar ressaltou, entretanto, que os mesmo não foram revertidos em investimentos para a população. Citando a saúde pública, Tito lembrou a cidade de João Monlevade, onde a prefeitura municipal enfrenta dificuldades para arcar com a folha de pagamento. Em aparte, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) ressaltou o consenso entre blocos políticos para realizar as votações propostas. O deputado Lafayette de Andrada (PSDB), também em aparte, citou os cortes a projetos sociais feitos pelo governo, devido ao baixo orçamento. Em aparte, o deputado João Leite (PSDB) foi contrário à emenda que propõe a designação dos servidores da educação. Em último aparte, o deputado Gustavo Valadares (PSDB) criticou a falta de quórum em reuniões de comissões na Assembleia.

 

Orçamento
O deputado Dilzon Melo (PTB) centralizou seu discurso na questão orçamentária do Estado de Minas Gerais. Segundo o parlamentar, está sendo iniciado no País uma crise assoladora, que já pode ser observada a partir do crescimento dos índices de inflação e desemprego e da diminuição do número de investimentos. Dilzon Melo citou algumas medidas de contenção de despesas tomadas pelo governo federal, como a redução no número de beneficiários dos programas sociais Bolsa Família e Financiamento Estudantil (Fies). "É hora de repensarmos o projeto que foi encaminhado para reforma administrativa. É hora de pensar que nós, políticos, somos responsáveis pelo que acontece no Brasil. As reformas devem ser feitas com coerência", afirmou. Em aparte, o deputado João Leite (PSDB) concordou com as informações levantadas por Dilzon Melo e lembrou a emenda de designação dos servidores da educação, considerando-a inconstitucional.

 

 

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