Rômulo Viegas defendeu uma melhor repartição do dinheiro público
O deputado Alencar da Silveira Jr. pediu investigações na CBF
Gustavo Corrêa criticou o Governo Federal pelos aumentos após as eleições
Cabo Júlio fez críticas à gestão da segurança pública no Estado
João Leite disse que vai cobrar dos governos as promessas de campanha

Oradores - Reunião Ordinária de Plenário de 2/12/14

Reforma política, concursados, servidores, segurança pública e mudança de governo foram temas debatidos nesta terça (2).

02/12/2014 - 20:28

Reforma política
O deputado Rômulo Viegas (PSDB) iniciou o seu discurso condenando o atual modelo de financiamento de campanha eleitoral, que considerou “um modelo falido”, e defendeu a reforma política, afirmando que “o Brasil não aguenta mais eleições a cada dois anos”. O parlamentar também defendeu uma melhor repartição do dinheiro público, afirmando que a gestão pública deve ser feita pelos estados e municípios. Viegas cumprimentou todos os colegas da Universidade Federal de São João del-Rei, de onde se aposentou recentemente, como professor, após 35 anos de trabalho, e agradeceu todos esses anos em que lecionou na instituição. Lembrou o ex-reitor Helvécio Luiz Reis e a reitora Valéria Heloísa Kemp pelo tempo que trabalharam juntos. O deputado agradeceu a todos os colegas da base e da oposição. E também ao governo do Estado, pela aprovação das emendas propostas por ele durante este mandato.

 

Manifestações
Em meio ao barulho das galerias lotadas, o deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT) buscou convencer os manifestantes a se dirigirem aos gabinetes dos parlamentares de oposição, ausentes, convocando-os a se reunirem aos colegas na Reunião Ordinária de Plenário, para que a pauta pudesse ser votada. Segundo ele, parlamentares de oposição estariam interessados em que os manifestantes se limitassem às galerias, impedindo, com gritos, os discursos dos oradores e, com isso, adiando as votações dos projetos em pauta. Ao pedir investigações na CBF, na sua opinião, “uma indústria de falcatruas”, foi novamente interrompido pelas galerias. Em apartes, os deputados Rogério Correia e Durval Ângelo, ambos do PT, se solidarizaram com os manifestantes: os aprovados no concurso para agentes penitenciários, que reivindicam nomeação, e os trabalhadores da saúde, que pedem aumento salarial. Os dois deputados disseram que os manifestantes foram enganados pelo governo estadual.

 

Nova oposição
O deputado Gustavo Corrêa (DEM) cumprimentou os servidores da saúde, em seguida parabenizou o deputado Dinis Pinheiro (PP) pelo trabalho realizado na presidência da Assembleia Legislativa. O parlamentar disse que será oposição ao governo que assume no próximo ano. “Espero eu que aqueles parlamentares que hoje criticam o atual governo façam tudo que prometeram; serei vigilante”, disse. Criticou o Governo Federal pelos aumentos após a Presidente da República vencer as eleições, o que considerou “uma farsa e um estelionato eleitoral”. “Dilma mentiu e iludiu o povo”, disse. O deputado elogiou o atual Governo de Minas, que, segundo ele, em doze anos, consolidou o Estado como referência. E finalizou dizendo esperar que aqueles que prometeram melhorias salariais no próximo governo não esqueçam suas promessas. E conclamou todos a cobrarem as promessas de campanha, a partir de 2015.

 

 

Nomeação
O deputado Cabo Júlio (PMDB) lamentou que a atual administração estadual esteja “dando um calote nos servidores, que não receberam o prêmio de produtividade em 2013 e 2014”. Cabo Júlio criticou a justificativa do governo, que apontou a Lei de Responsabilidade Fiscal para negar aumento aos servidores, mas teria gasto seis bilhões de reais em propaganda. Contudo, elogiou os deputados Dinis Pinheiro (PP) e João Leite (PSDB), governistas, pelo empenho em negociar com o governo a nomeação dos aprovados no concurso para agente penitenciário, garantindo que nesta quarta-feira (3) serão nomeados 494 e, posteriormente, os demais. E propôs que o governo nomeie todos ainda este ano e faça os exames admissionais entre janeiro e fevereiro. Ele fez críticas, porém, à gestão da segurança pública no Estado, afirmando que em Juiz de Fora (Zona da Mata), o Corpo de Bombeiros interrompeu os serviços nas últimas 24 horas por falta de combustível.

 

Segurança pública
Após cumprimentar os ocupantes das galerias, o deputado João Leite (PSDB) centrou seu discurso na segurança pública, lamentando que o Brasil registre 730 mil pessoas presas, 68 mil só em Minas Gerais, o que demanda altos investimentos. Várias vezes interrompido pelas galerias, o deputado exigiu silêncio para que pudesse concluir seu pronunciamento e atribuiu ao Governo Federal, “que não repassou verbas para o Estado”, a responsabilidade pela falta de aumento para os servidores. Afirmou que vai se manter na oposição nos próximos quatro anos e disse que vai cobrar dos governos as promessas de campanha. O parlamentar também criticou duramente a Comissão de Transição criada após as eleições, que estaria governando antes do novo governo tomar posse. E criticou os deputados que passaram a apoiar a base do próximo governo do PT. Em aparte, Wander Borges (PSB) falou sobre a corrupção generalizada, em especial na Petrobrás.

 

Consulte os pronunciamentos realizados em reuniões de Plenário.