O Assembleia Debate trata, nesta quarta-feira (10/09/14), em programa inédito que vai ao ar às 23 horas, o modelo energético utilizado no Brasil. Baseado essencialmente na energia gerada pelas usinas hidrelétricas, o método vem sendo questionado por causa da escassez de chuvas ao longo do ano de 2014. Haveria o risco de um novo apagão do sistema elétrico como o ocorrido em 2001? A geração de energia por meio de fontes alternativas, como a energia eólica e a solar, seria uma boa solução para que o país não ficasse totalmente dependente da água? Estas são algumas questões discutidas pelos quatro especialistas convidados. 

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No estúdio do programa da TV Assembleia estarão o professor da Escola de Engenharia e coordenador do Centro de Pesquisas Hidráulicas da UFMG, Carlos Martinez; o engenheiro eletricista José Luiz Nobre Ribeiro, da Câmara de Energia da FIEMG e presidente do Conselho de Consumidores da Cemig; o professor titular de Engenharia Elétrica da UFMG, Selênio Rocha Silva; e o professor de engenharia elétrica do CEFET/MG, Marcos Fernando dos Santos.

Todos os convidados concordam que, para funcionar adequadamente, o sistema elétrico brasileiro deve assegurar o suprimento necessário a todos os consumidores, a universalização do atendimento, além da qualidade, sustentabilidade e inovação tecnológica no fornecimento de energia. “O Brasil é privilegiado. Muitos países do mundo gostariam de ter a matriz energética brasileira”, afirma Selênio Rocha Silva, professor da UFMG. Mas completa: “Não é bom ficar dependente de só uma forma de geração. Quanto mais diversificar, é melhor”.

A alta tributação na cadeia energética também foi questionada. “Quanto se paga mais de 100% de imposto na energia, tudo fica mais difícil”, diz o professor Carlos Martinez. “As tarifas estão represadas. O preço da energia vai aumentar nos próximos anos e isso gera insegurança sobre o quanto se vai pagar”, explica José Luiz Nobre Ribeiro.

Reprises - O Assembleia Debate será reprisado na quinta-feira (11), ao meio-dia; no sábado (13), às 22h30; no domingo (14), às 13 horas; e na segunda-feira (15), às 23 horas.