Preço dos remédios tem comportamento instável

Procon Assembleia pesquisou quase 200 medicamentos à venda nas farmácias de Belo Horizonte.

06/06/2014 - 15:20

Entre abril de 2013 e maio de 2014, o preço de alguns medicamentos de referência subiram mais de 10%, enquanto que seus genéricos abaixaram significativamente de preço. Mas a situação inversa também ocorreu. É o que constata uma pesquisa do Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que entre 15 e 17/5/14 comparou os preços de 36 remédios de referência e 150 genéricos com os praticados no ano passado.

O medicamento Valium, por exemplo, que tem como princípio ativo o diazepam, ficou 16,07% mais caro no período de um ano. Já o genérico passou a custar 45,16% menos. Da mesma forma, o Tylenol (paracetamol) aumentou 11,75%, enquanto que o seu genérico teve o preço reduzido em 33,55%. Por outro lado, o Clavulim (amoxicilina + clavulanato de potássio) passou a custar 31,85% menos, mas o produto genérico encareceu 39,49%.

Consulte a pesquisa completa do preço dos medicamentos.

A pesquisa mostra ainda que a diferença entre o preço médio do medicamento de referência e seu correspondente genérico pode chegar a 312,9%, como no caso do carbamazepina, cuja marca de referência é o Tegretol, usado no tratamento da epilepsia.

No comparativo com 2013, a pesquisa do Procon Assembleia constatou reajuste em 17 dos 36 medicamentos de referência. Já entre os genéricos, 69 dos 150 pesquisados apresentaram redução de preço.

O Procon Assembleia lembra que há vários medicamentos que podem ser adquiridos gratuitamente ou mesmo com descontos de até 90%, por meio do programa Farmácia Popular, do Governo Federal. Uma lista de produtos que inclui amoxicilina, dipirona, omeprazol e remédios específicos para doenças como diabetes e hipertensão, entre outros, pode ser consultada no site do Ministério da Saúde.

Para ter acesso a esse benefício: basta comparecer a uma das farmácias da rede própria do programa ou a uma drogaria conveniada portando a receita médica (emitida há menos de quatro meses), documento com foto, CPF e comprovante de endereço.

Há ainda os chamados Programas de Benefícios de Medicamentos (PBMs), nos quais as empresas firmam convênios com laboratórios, a fim de garantir a seus funcionários descontos na aquisição dos remédios.