O parecer da deputada Rosângela Reis foi aprovado após a sabatina dos indicados

Comissão é favorável a indicações para Conselho de Educação

Os nomes de Lina Kátia de Oliveira, Keyla Matsumura de Melo e Luciano Fagundes seguem agora para apreciação do Plenário.

03/06/2014 - 19:01

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) criada para avaliar indicações do governador ao Conselho Estadual de Educação do Estado emitiu parecer favorável aos nomes de Lina Kátia Mesquita de Oliveira e Luciano de Assis Fagundes, assim como à recondução de Keyla Mayume Ferreira Matsumura de Melo, para a função de conselheiros no órgão. O parecer, da deputada Rosângela Reis (Pros), foi aprovado após a sabatina dos indicados, realizada nesta terça-feira (3/6/14). Agora, os candidatos serão avaliadas no Plenário, em turno único.

Lina Kátia Mesquita de Oliveira é graduada em Matemática pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Belo Horizonte, tem mestrado em Educação pela Universidade Federal de Juiz de Fora e doutorado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Atualmente, é coordenadora da unidade de avaliação do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAED/UFJF). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Avaliação de Sistemas, Instituições, Planos e Programas Educacionais, atuando, principalmente, nos seguintes temas: avaliação, educação, políticas públicas, escala de proficiência e educação matemática.

Durante a sabatina, a indicada destacou sua experiência na rede pública de ensino, ressaltando que ela pode e deve fazer a diferença e assegurar o direito de aprender de todos. Respondendo a questionamentos da deputada Rosângela Reis, Lina Kátia ratificou sua confiança nas avaliações censitárias da educação em Minas, que tem resultados muito bem utilizados pela Secretaria de Estado de Educação, na sua opinião.

Ela também defendeu o desenvolvimento de ações específicas para alunos com deficiência de aprendizagem, com reforço escolar, atividades extra-classe e supervisão de professores dedicados. Outro assunto abordado por ela foram as escolas em tempo integral, “modelos a serem seguidos”, com a contribuição do conselho na estruturação, organização e regulamentação desse formato.

Perguntada pelo deputado Duarte Bechir (PSD), ela concordou com o apoio de psiquiatras e psicólogos para identificar desvios cognitivos em alunos que podem prejudicar seu desempenho escolar.

Experiência no conselho ajuda na compreensão dos projetos educacionais

A indicada para recondução ao cargo, Keyla Mayume Ferreira Matsumura de Melo, fez um breve resumo de seu currículo. Ela é pedagoga, formada pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós graduada em Educação Tecnologia pelo Cefet-MG e mestre em Educação e Tecnologia pela mesma instituição. Desde 1987, atua no Sesi-MG, já tendo ocupado as funções de professora, supervisora pedagógica, consultora interna, gerente de educação básica e assessora executiva de educação, cargo que ocupa atualmente e que está vinculado a ações e projetos estratégicos da edução do Sesi-MG em todos os níveis e modalidades.

Keyla Matsumura de Melo destacou sua atuação no Conselho de Educação do Estado, que lhe trouxe grande experiência para entender os processos da área de educação. Ela descreveu as atividades desenvolvidas no órgão, responsável, principalmente, por normatizar o funcionamento da legislação educacional no Estado e avaliar e acompanhar o funcionamento das instituições de ensino.

A conselheira também teceu comentários sobre a demanda social pelo ensino profissionalizante voltado ao mercado de trabalho, em seu entendimento, importante para que os jovens queiram atuar de maneira efetiva na sociedade; metodologias desenvolvidas pelo Governo do Estado que aliam a prática aos conteúdos teóricos e a situação de alunos que estudam à noite que, por resolução da Secretaria de Estado de Educação, precisam comprovar estar empregados.

Sobre esse assunto, especificamente, ela se mostrou de acordo com o deputado Duarte Bechir em relação à necessidade de flexibilização da resolução com vistas a viabilizar a educação de jovens de acordo com o contexto em que vivem. Como exemplo, o deputado citou alunos que realizam trabalhos sazonais em regiões agrícolas, que exigem a sua participação no mercado de trabalho apenas em alguns meses.

Perfil administrativo traz novos conceitos à educação

Último sabatinado, Luciano de Assis Fagundes é formado em Administração de Empresas pelo Unicentro Newton Paiva e pós-graduado em Gestão da Educação, Avaliação e suas Tecnologias (CEPEMG). No Sebrae, atuou, de 1989 a 2011, em cargos de auxiliar de treinamento, assistente de consultoria, analista técnico de educação, chegando ao cargo de diretor administrativo e financeiro da Escola Técnica de Formação Gerencial de Belo Horizonte. Em 2011 e 2012, atuou no Sesc-MG nos cargos de superintendente administrativo e diretor regional adjunto. Desde 2012, atua como diretor regional do Senac-MG.

Luciano Fagundes ressaltou a importância de sua formação na área administrativa para expandir a visão da educação como negócio, atenta ao mercado de trabalho e incorporando suas melhores práticas. A deputada Maria Tereza Lara destacou a importância de se esclarecer esse conceito, para que a educação ligada ao mercado não se torne sinônimo de mercantilização da educação.

Por fim, o indicado comentou pesquisas que indicam a alta evasão escolar de jovens entre 15 a 24 anos. Segundo ele, é preciso fazer com que a juventude retome o interesse pelas escolas e ofereçam serviços que realmente vão fazer a diferença para eles. Ele ainda ponderou que os professores precisam voltar a acreditar que têm a melhor profissão do mundo e a obrigação de fazer com que recursos sejam sempre disponibilizados para empresas voltadas à educação especial, como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes).

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