A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) comemorou, por meio de uma Reunião Especial de Plenário, os 150 anos da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O evento, motivado por requerimento da deputada Liza Prado (Pros), aconteceu na noite desta segunda-feira (7/4/14).

Na solenidade, o presidente da Associação Mineira Central da congregação, pastor José Marcos Nunes de Oliveira, destacou que a Igreja Adventista tem dado uma importante contribuição à sociedade, por meio dos seus mais de 17 milhões de membros em todo o mundo. Em seu discurso, ele apresentou a estrutura da igreja, que conta com hospitais, fábricas de alimentos, unidades educacionais, entre outras atividades.

“Desenvolvemos ações que contribuem para que a sociedade seja mais correta e justa. Projetos de combate ao abuso de crianças e adolescentes, de doação de sangue e de apoio a calamidades são feitos por meio dos nossos milhares de missionários em Minas Gerais”, disse. O pastor salientou, ainda, que, ao receber a homenagem da ALMG, fica claro o reconhecimento aos trabalhos da igreja em benefício do Estado.

O pastor Iran Silveira, presidente da Associação Mineira da congregação no Norte Estado, também valorizou o trabalho da igreja na região, que reúne mais de 12 mil membros oficiais. Da mesma forma, o presidente da associação na região Sul, pastor Luiz Gustavo de Sá, lembrou que onde atua estão mais de 20 mil membros, que trabalham em benefício da sociedade. “Nos preocupamos com vida religiosa, mas, também, com a vida social das pessoas”, afirmou.

A deputada Liza Prado, que representou o presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PP), leu o discurso do chefe do Legislativo estadual, em que fez um histórico da congregação, "fundada no amor a Deus e ao próximo, na esperança e na fé". No texto, o parlamentar recorda o surgimento da igreja na década de 1840, quando seus seguidores acreditavam na segunda vinda de Jesus à Terra. "Imbuídos da missão de propagar seus ensinamentos, os pioneiros formaram grupos missionários com o objetivo de difundir a palavra divina, angariando, com isso, novos adeptos", disse.

Ainda no discurso lido pela deputada, o presidente destacou que os primeiros adventistas sofreram discriminação e preconceito, uma vez que eram, em sua maioria, jovens abolicionistas em um período em que os negros e imigrantes não eram considerados cidadãos plenos. "Em 1863 a igreja institucionalizou-se e o nome escolhido retrata a ideia adventista, que é a crença na volta de Jesus; e o sétimo dia, que é reservado pela Bíblia para a adoração ao Senhor", explicou.

Ao final, a deputada Liza Prado disse, ainda, que a homenagem é uma forma da sociedade mineira agradecer o trabalho feito pela Igreja Adventista, que, de acordo com ela, dissemina o bem para todos os mineiros.

Mais história - Quando da sua fundação, no século XIX, a congregação contava com 125 igrejas locais, que reuniam 3,5 mil membros. Hoje os adventistas estão em mais de 200 países e contam com 17,5 milhões de membros oficiais. Mais de 230 mil pessoas trabalham em tempo integral como missionários, propagando a mensagem adventista pelo mundo, em 924 línguas e dialetos.

Na organização atual da igreja, o Brasil integra a divisão sul-americana, com sede em Brasília, da qual fazem parte outros sete países. Minas Gerais abriga quatro escritórios administrativos. A Associação Mineira Central, em Belo Horizonte, tem mais de 25 mil membros, abrange 142 igrejas e 170 congregações em mais de 200 cidades.