Parlamento tem programação cultural sobre o golpe de 1964

Nesta terça-feira (1º/4), na ALMG, haverá o lançamento de dois livros e apresentações de musical e documentário.

31/03/2014 - 17:16

Nesta terça-feira (1º/4/14), a programação do Ciclo de Debates 50 Anos do Golpe Militar de 1964 inclui também uma agenda cultural. Paralelamente às discussões no Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), estão previstos lançamento de livros, apresentação musical e exibição de documentário.

Às 11h30, no Salão de Chá, será realizado o lançamento do e-book “Justiça de Transição nos 25 anos da Constituição de 1988” (Ed. Initia Via) e do livro “Direitos Humanos Atual” (Ed. Elsevier/Campus Jurídico). O primeiro reúne ensaios e artigos de autores brasileiros e estrangeiros que analisam questões como direito à memória e à verdade, políticas de reparação, responsabilização civil e criminal na América Latina e reformas institucionais e consolidação do estado democrático de direito. Já a segunda obra, cujos coautores Emílio Peluso Neder Meyer e Marcelo Andrade Cattoni de Oliveira estarão presentes no lançamento, trata de temas como a justiça de transição e perspectivas para a verdade e a justiça face aos direitos humanos.

No Teatro da Assembleia, às 13 horas, haverá a apresentação musical “O menestrel e o general”. A apresentação mescla show musical, leitura de poemas, comentários sobre as canções do compositor Chico Buarque e sobre o contexto sociocultural da ditadura, com diálogos entre imaginação política e vida cotidiana. O espetáculo pretende refletir sobre o papel da arte e da cultura nos embates contra todas as formas de autoritarismo e repressão.

Já às 17h30, também no Teatro, será feita uma sessão comentada do documentário “Na lei ou na marra: 1964 um combate antes do golpe”. O documentário, produzido pela TV Assembleia, resgata a história de milícias lideradas por fazendeiros de Governador Valadares (Vale do Rio Doce) que, em março de 1964, atacaram o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e destruíram o jornal local que apoiava a luta dos lavradores pela reforma agrária. Esses acontecimentos são considerados exemplos significativos das tensões políticas e sociais que ocorriam no campo em diversas regiões do País, agravadas com o anúncio da reforma agrária feito pelo presidente João Goulart.

Na Galeria de Arte, poderá ser vista a exposição "1964 a 1985: A subversão do esquecimento". A exposição, exibida anteriormente em 2004, por ocasião dos 40 anos do golpe de 1964, lembra os principais acontecimentos sociais, políticos e culturais do período, compreendendo os antecedentes do golpe, a tomada do poder, os anos de chumbo e a distensão. A mostra fica em cartaz até o dia 30 de abril e pode ser vista de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 18h30.

Ciclo de debates – O Ciclo de Debates Resistir Sempre - Ditadura Nunca Mais: 50 anos do golpe de 1964 termina nesta terça-feira (1º/4), com debates sobre o fim do regime militar, a transição para a democracia e os dilemas e perspectivas para o Brasil dos dias de hoje.