Empresários do setor de biotecnologia apresentaram ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Dinis Pinheiro (PSDB), um diagnóstico do setor em Minas, a fim de firmar uma parceria para dinamizar este segmento da economia mineira. Apesar de contar com mais empresas de biotecnologia que o Estado de São Paulo, Minas Gerais ainda enfrenta entraves burocráticos e dificuldades de financiamento. O encontro aconteceu nesta terça-feira (18/2/14), na ALMG.

A presidente da Associação Mineira de Empresas de Biotecnologia e Ciências da Vida (Ambiotec), Giana Marcellini, afirmou que a entidade reúne 40 empresas do setor, responsáveis por 6 mil empregos diretos e R$ 1 bilhão de faturamento anual. No total, cerca de 200 empresas atuam nesta área, no Estado, produzindo especialmente produtos e serviços para a saúde, tais como kits de testes para gravidez, colesterol, glicemia, entre outros.

As principais reivindicações dos empresários são a desoneração tributária, uma vez que é alta a cobrança de ICMS sobre os insumos importados pelo setor; a criação de uma linha de crédito do BDMG; e o apoio da Assembleia na interlocução com órgãos reguladores, sejam eles municipais, estaduais e federais. Um dos projetos mais ambiciosos seria a criação de uma zona franca de biotecnologia em Minas Gerais, seguindo modelos adotados, por exemplo, pelo Uruguai, onde a biotecnologia conta com amplos incentivos e isenções.

O presidente Dinis Pinheiro elogiou o papel das empresas de biotecnologia na diversificação da economia mineira e no desenvolvimento de pesquisa, contribuindo para reduzir a dependência de Minas Gerais de indústrias tradicionais, como a mineração. Ele lembrou que o diálogo do Parlamento com empresários da área de comunicação e das micro e pequenas empresas renderam frutos recentes, por meio de leis aprovadas em Minas Gerais. “Sua presença aqui hoje mostra a confiança no Parlamento mineiro”, declarou o presidente.