Deputados conferem condições de escola estadual em BH
Com seu prédio fechado para reforma, Pandiá Calógeras instalou-se provisoriamente em edifício sem condições ideais.
12/12/2013 - 13:26Fechado para reforma desde novembro de 2012, o prédio onde funciona a Escola Estadual Pandiá Calógeras, no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte, só deve receber seus alunos de volta em 2015. Enquanto isso, os estudantes estão tendo aulas em um prédio que fica a três quarteirões de distância, na rua Santa Catarina. Deputados da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visitaram, nesta quinta-feira (12/12/13), ambos os locais para averiguar o andamento das obras e as condições de segurança e conforto nas instalações atuais.
O autor do requerimento para a visita, deputado Carlos Henrique (PRB), disse que foi procurado por alguns pais preocupados com a precariedade das salas de aula. No local, de fato ele constatou problemas como divisórias quebradas, fiação exposta e falta de iluminação adequada, entre outros. Porém, após conversar com a diretora da escola e a superintendente metropolitana de ensino, o deputado concordou que a situação, se não é satisfatória, é a possível. “Vamos continuar acompanhando as obras de reforma da escola e tentar ajudar para reduzir ao máximo seu prazo de conclusão”, afirmou.
Perigo – No primeiro semestre de 2012, foi detectado um problema estrutural no prédio do Pandiá Calógeras, contou a superintendente metropolitana da Secretaria de Estado de Educação (SEE), Elce Pimenta Costa Santos. Imediatamente, continuou ela, foi determinada a transferência dos alunos para outro prédio. Durante seis meses, a SEE procurou, sem sucesso, um local nas redondezas que pudesse abrigar os estudantes com conforto.
A situação do prédio do Pandiá Calógeras piorou e, a fim de evitar riscos maiores à segurança de estudantes, professores e funcionários, decidiu-se alugar emergencialmente o edifício da rua Santa Catarina, onde já funcionou uma faculdade. Além dos problemas com as instalações, a direção da escola teve que enfrentar o descontentamento dos moradores da rua, que reclamaram do barulho e dos transtornos causados pelo aumento no trânsito.
Prédio provisório também deve receber reformas
O representante dos pais durante a visita, Roberto Magalhães Camargos, cobrou melhorias no prédio provisório, como melhor ventilação e iluminação. Ele reclamou também da inexistência de portas em algumas salas de aula e de uma quadra de esportes. Os alunos fazem educação física na própria sala. Mas quanto a isso, constatou, não há solução.
As melhorias nas instalações serão providenciadas durante as férias escolares, garantiu a diretora do Pandiá Calógeras, Marta Eliana Campos. Ela disse que a primeira etapa da obra no prédio original, que é a recuperação da estrutura, já foi concluída. Além disso, os prazos para a licitação da segunda parte, que consiste na restauração, estão dentro do cronograma previsto e as obras começam em fevereiro de 2014, com duração estimada em um ano. Assim, ela se disse otimista quanto ao retorno dos alunos no início do ano letivo de 2015.
No entanto, os pais que não concordarem com o prazo poderão pedir transferência para outras escolas próximas, disse a superintendente Elce Pimenta. Segundo ela, é possível remanejar entre 30% e 40% dos estudantes. Para o deputado Bosco (PTdoB), isso não deverá acontecer por causa da excelência da qualidade de ensino oferecida pela instituição. “Todo melhoramento provoca alguns transtornos, mas no final será benéfico para todos”, afirmou.
O presidente da Comissão, deputado Duarte Bechir (PSD), disse que saiu satisfeito da visita. “Realmente o prédio atual não é o local mais adequado, mas foi o único que o Estado encontrou”. Ele disse que as condições de ensino vão melhorar com as reformas propostas, que envolvem melhorias na ventilação, pintura, reforma nas divisórias e fechamento da fiação elétrica exposta.
A Escola Estadual Pandiá Calógeras mantém 56 turmas, nos turnos da manhã e da tarde, do ensino fundamental I, que vai do 1º ao 9º ano. São atendidos 1.475 alunos.