Policiais lotados no 22º Batalhão da Polícia Militar foram homenageados, nesta quarta-feira (11/12/13), pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Eles participaram, no último dia 16 de novembro, de uma operação que culminou na prisão de um dos chefes do tráfico de drogas na Vila Leonina, na comunidade Morro das Pedras (zona Oeste de Belo Horizonte), e na apreensão de cem quilos de maconha, três veículos, uma moto, uma balança de precisão e R$ 45 mil em dinheiro.

O autor do requerimento para a homenagem, deputado Cabo Júlio (PMDB), agradeceu aos policiais e disse, baseado em sua própria experiência, que ser policial é como um sacerdócio. “A gente sai para trabalhar e não sabe se volta, arriscamo-nos o tempo todo”, afirmou. Por isso, o deputado considera justo um reconhecimento público como o proporcionado pela comissão.

“Enquanto a população dorme, vocês estão nos becos e vielas combatendo o crime”, ressaltou o deputado Sargento Rodrigues (PDT), dirigindo-se aos homenageados. Ele destacou a motivação dos policiais, atribuindo esse espírito aos comandantes do 22º BPM. “Se a tropa está motivada, é porque o comando funciona bem”, elogiou. Ele acrescentou que a profissão é extremamente arriscada e estressante, mas também muito gratificante.

Para o presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB), a iniciativa da ALMG pode motivar cada vez mais policiais a desempenharem sua função de forma exemplar. “O sucesso de nossos policiais será bom para todos nós”, afirmou. Ele lembrou ainda que, apesar de o tráfico de drogas ser um crime internacional, são os PMs que o estão enfrentando no dia a dia.

Prisão do traficante era improvável, diz sargento

Alguns detalhes da operação foram narrados pelo 3º sargento Leandro Jesus de Resende. Segundo ele, o maior mérito não foi a apreensão da droga e do dinheiro. “Conseguimos tirar de circulação uma pessoa muito esperta, que nunca havia sido presa. Por várias vezes fomos à casa desse traficante para averiguações e nunca encontramos nada. Achávamos que nunca o prenderíamos”, disse.

Em uma ronda na região no dia 16 de novembro, os policiais suspeitaram de um Fiat Doblò estacionado e resolveram conferir. Encontraram dentro do carro um saco com tabletes de maconha. Em seguida, passaram a verificar outros veículos nas proximidades e descobriram mais droga em uma Saveiro e em um Fiat Strada. Um dos automóveis estava registrado em nome da mulher do traficante. “Fomos até a casa dele e ele acabou confessando que era o dono da maconha”, lembrou Resende, citando que os policiais ainda encontraram o dinheiro, a balança e a moto escondidos na residência. “Toda a apreensão está estimada em R$ 400 mil, mas o que importa mesmo é que ele está preso”, concluiu.

Para o subcomandante do 22º BPM, major José Roberto, seus subordinados são profissionais voltados para a proteção da comunidade. Ele lembrou que, no dia da operação, a maior preocupação era com o transporte da droga, pois havia grande possibilidade de os bandidos tentarem recuperá-la. Mas isso não aconteceu.

Foram homenageados na reunião os seguintes policiais lotados no 22º BPM: 3º sargento Leandro Jesus de Resende; cabo Leandro Augusto Moreira de Melo; cabo Gilmar Demilson Pereira dos Santos; cabo Anderson Patrício Gomes; soldado Gleison Godinho Novais; soldado Sebastião Moreira Arruda; soldado Fábio Antônio e Silva; e soldado Thiago Rodrigo de Abreu; além do major José Roberto.

Requerimentos – Durante a reunião foram aprovados ainda diversos requerimentos, entre eles um do deputado Cabo Júlio, no qual solicita a realização de uma audiência pública para debater o descontentamento de policiais militares com uma nova resolução do comando da PM que estabelece a carga horária de trabalho.

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