ALMG homenageia 37 anos da Orquestra Sinfônica de Minas
Reunião Especial de Plenário ocorreu na noite desta quinta-feira (21).
21/11/2013 - 21:06Os 37 anos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais foram comemorados na noite desta quinta-feira (21/11/13), durante Reunião Especial do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). No início deste ano, a orquestra foi declarada patrimônico cultural e histórico de Minas Gerais a partir da iniciativa do deputado Paulo Guedes (PT), que também foi o autor do requerimento para a homenagem no Plenário.
Com a orquestra declarada como patrimônico cultural e histórico, Paulo Guedes ressaltou que o objetivo é valorizar a importância do grupo como difusor da cultura no Estado, além de proteger a sinfônica de eventuais mudanças na política cultural. “Como patrimônio do povo mineiro ela está protegida por lei, e isso garante que os governos tenham a obrigação de continuar ajudando a orquestra”, afirma.
O parlamentar lembrou ainda que, em 2007, o Governo do Estado quis transformar a sinfônica em Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e "foi graças à garra de seus músicos que isto não ocorreu". Por isto, destacou que esta é uma noite especial que merece ser comemorada por todos. Segundo ele, a orquestra correu o risco de acabar com a possibilidade de privatização e que, se não fosse a bravura e a persistência dos seus músicos, poderia hoje estar apenas na memória.
O músico e presidente da Associação dos Músicos da Orquestra Sinfônica do Estado de Minas Gerais, Fernando César dos Santos, também lembrou o momento em que foi tentado transformar a Orquestra Sinfônica em Oscip. Ele disse que foi uma época difícil, com questionamentos relativos à capacidade dos seus músicos. No entanto, afirmou que a crise foi superada e a orquestra se renovou e hoje está em outro patamar, entre as melhores do País.
Representando a ALMG, o presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, deputado Duarte Bechir (PSD), destacou que "a homenagem representa o reconhecimento, pela Assembleia Legislativa, da enorme importância deste grupo musical, que constitui um dos maiores patrimônicos culturais do Estado". E completou: "Esta é uma homenagem traz orgulho a esta Casa, preocupada não apenas em legislar, representar e fiscalizar mas em trazer ao público o melhor da nossa cultura, priorizando nossa identidade e nossa história".
Segundo Bechir, as orquestras sinfônicas constituem hoje "verdadeiras instituições culturais, tendo adquirido sua legitimidade devido à estabilidade de seus componentes, responsáveis pela transmissão de um saber e de valores artísticos".
Durante a solenidade, o Hino Nacional foi interpretado pelo Quinteto Ventos Gerais, formado pelos músicos Sandra Alves (flauta), Gustavo Napoli (oboé), Walter Júnior (clarinete), Vito Duarte (corninglês) e Washington Vitalino (fagote). O grupo apresentou também as músicas Coletânea Milton Nascimento, com arranjo de Duda e transcrição de Gustavo Napoli; e Taquito Militar, de Mariano Mores, com arranjo de Carlos Visnivetski.
Ainda na reunião, a viúva do maestro Carlos Eduardo Prates, Haydée Ulhôa Cintra, recebeu uma homenagem por parte do presidente da Associação dos Músicos, Fernando César dos Santos.
Além das autoridades citadas na matéria, compuseram a mesa da homenagem a presidente da Fundação Clóviso Salgado, Fernanda Medeiros Azevedo Machado, e o maestro titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.
História – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das grandes orquestras do País. Seu repertório inclui desde o clássico tradicional, como balés, concertos, sinfonias e obras sacras, até o mais significativo da música popular, com a série Sinfônica Pop. A orquestra apresenta-se em eventos locais e nacionais, além de cidades do interior de Minas, com o intuito de difundir a música erudita e democratizar o acesso de diversos públicos a esse gênero musical. Além disso, atua na temporada de óperas produzidas pela Fundação Clóvis Salgado.