Em Reunião Especial de Plenário realizada nesta quinta-feira (14/11/13), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais homenageou os 450 anos de fundação da Congregação Mariana e os 70 anos da Federação das Congregações Marianas da Arquidiocese de Belo Horizonte. A solenidade ocorreu a requerimento do deputado Fred Costa (PEN).

Em seu discurso, o parlamentar destacou a história da congregação e a sua importância social. “Presente em mais de 130 países, a Congregação Mariana tem como missão a promoção da fé, da justiça, do diálogo hipercultural e religioso, em busca da dignidade do ser humano”, disse. Fred Costa ressaltou, também, o trabalho humanitário da instituição em hospitais e prisões, assim como o cuidado com os pobres, “essencial em um País que tem como característica marcante o contraste social”.

A presidente da Federação das Congregações Marianas da Arquidiocese da Capital, Simone Cristine Lopes, abordou, de forma alusiva, o segredo da longevidade da religião católica. “Um pedagogo queria criar uma instituição e conquistar o mundo, tendo como lema a participação de todos em sua obra. Em vez de chamar os mais prestigiosos, ele convocou uma turma de pescadores, muitos deles analfabetos. Eles acabaram por fundar a Igreja Católica”, contou. “A lógica foi chamar não os melhores nas suas áreas de atuação, e sim os mais motivados. Essa fé também é a diferença que marca a Federação e a Congregação Mariana”, completou.

Representando o presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PP), Fred Costa entregou à presidente da federação e ao ex-presidente da Congregação Mariana da Arquidiocese de BH, Raimundo dos Santos, placas alusivas à homenagem.

Encerrando a reunião, o deputado Fred Costa lembrou a Jornada Mundial da Juventude, realizada no Rio de Janeiro no mês de julho, para enfatizar o desafio que é resgatar os jovens para os ideais voltados ao bem do próximo. “O que é feito com prazer não é trabalho. É lazer ou ideal”, afirmou.

Congregação Mariana - A Congregação Mariana do Colégio Romano da Companhia de Jesus, considerada a “Prima Primaria”, foi fundada em 1563 por iniciativa do padre jesuíta Jean Leunis. A primeira congregada no Brasil foi fundada em agosto de 1586, na Bahia, e, a partir dessa data, outras agregadas se espalharam pelo País, principalmente pelo Rio de Janeiro e Pernambuco.O lema dos seguidores é: “Ser congregado é saber confessar. O verdadeiro mariano precisa trabalhar seu interior”.

Apesar de ter se difundido em vários países, o declínio da entidade iniciou-se em todo o mundo, no final do século XVIII, com a supressão da Companhia de Jesus. Mas, apesar da dispersão dos jesuítas, as Congregações Marianas não se extinguiram.

Depois de séculos em crise, em 1948, a Congregação ganhou força. Tanto que no mundo já havia cerca de 80.000 agregadas "à Prima Primaria", formadas de homens e mulheres, adultos e jovens. Em 1939, é elevado ao pontificado o Papa Pio XII,que deu novo impulso à Congregação Mariana. E agora, no século 21, mais uma vez, a instituição assume um papel de destaque na Igreja Católica, com a eleição do Papa Francisco, jesuíta por formação.

Federação - Após séculos da Congregação no Brasil e no mundo, as entidades brasileiras se estruturaram de forma associativa organizada. Na Capital mineira, surgiu a Federação das Congregações Marianas da Arquidiocese de Belo Horizonte no dia 1º de janeiro de 1944. A Federação sempre foi muito atuante e caracterizada pela sua universalidade, visto que se organiza no País por meio de uma Confederação Nacional vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Coordenações Regionais entre Estados, Federações e Congregações Marianas filiadas.