Comissão vai apurar denúncias da ocupação William Rosa

Moradores de área nas imediações da Ceasa acusam a PM de violações de direitos humanos.

22/10/2013 - 14:15

Denúncias de violação de direitos humanos na ocupação William Rosa, em Contagem (Região Metropolitana de Belo Horizonte), motivam audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (23/10/13). A reunião será às 9h no auditório da ALMG. O coordenador do Movimento Luta Popular, Lacerda dos Santos Amorim, relatou na última reunião da comissão alguns problemas enfrentados pelos moradores e o deputado Rogério Correia (PT) fez o requerimento de uma reunião para discutir o assunto.

Localizada no bairro Jardim Laguna, a ocupação foi iniciada no dia 11 de outubro com 400 famílias e, agora, já são 3.900. A Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa) pediu a reintegração de posse do terreno e o Tribunal de Justiça deferiu o pedido. De acordo com Lacerda, foi autorizado o uso de força policial e de qualquer meio necessário para cumprir a ordem judicial de reintegração de posse, que deve ser feita em caráter de urgência.

O coordenador do movimento Luta Popular afirmou, ainda, que a Polícia Militar tem feito rondas rotineiramente no local e intimidado os moradores. “Eles invadem assembleias populares, passam de madrugada com a sirene ligada e fazem esse policiamento aterrorizador”, disse. Lacerda reclamou também que a prefeitura de Contagem não os procurou ainda para conversar. Ele reivindica coleta de lixo no local e controle de zoonoses, já que há uma grande presença de escorpiões no terreno.

Convidados – Foram convidados para a audiência os prefeitos de Belo Horizonte, Márcio Lacerda; e de Contagem, Carlin Moura; o diretor-presidente da Ceasa Minas, Gamaliel Herval; a defensora pública geral do Estado, Andréa Abritta Garzon; o advogado-geral do Estado, Marco Antônio Rebelo Romanelli; a promotora Nivia Mônica da Silva; o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Márcio Martins Sant'ana; os coordenadores do Movimento Luta Popular, Lacerda dos Santos Amorim e Deise Antônio França; e o advogado Élcio Pacheco.