Audiência pública da Comissão de Minas e Energia debateu a Política Estadual de Energia e Mineração

Investimento em oferta de gás está próximo da meta em 2013

Dados foram apresentados pela Gasmig em audiência de monitoramento do PPAG realizada nesta terça-feira (10).

10/09/2013 - 12:52

O diretor-técnico da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), José Luis França dos Santos, anunciou que 91% da meta financeira para 2013 do Programa “Interiorização da oferta de gás natural” já foi cumprida até o mês de junho. O anúncio foi feito na audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) de Monitoramento de Políticas Públicas 2013, que debateu, nesta terça-feira (10/9/13) a Política Estadual de Energia e Mineração.

Em sua participação, o representante da Gasmig destacou que o programa tem como objetivo expandir a oferta de gás natural para atender a 100% da demanda, que é geradora de emprego e renda no Estado. Segundo ele, a intenção, este ano, é que as cidades de Governador Valadares (Vale do Rio Doce), Pouso Alegre (Sul de Minas), Coronel Fabriciano (Vale do Aço) e Itabira e Itabirito (ambos na Região Central do Estado) sejam contempladas. “As obras em Governador Valadares estão 80% concluídas e em Pouso Alegre 95% prontas”, disse. Ele lembrou, ainda, que a meta física ainda está zerada, tendo em vista que é preciso fazer a ligação da rede para que possa ser contabilizada.

Extensão de rede elétrica e novas matrizes energéticas avançam

O representante da Cemig Distribuidora, Rosenildo Ramos Vasconcelos, apresentou os projetos da empresa no PPAG, que tem como objetivos diversificar matrizes energéticas e incrementar a disponibilidade de energia no Estado. Em sua fala, o gestor afirmou que a meta física do projeto “Plano de Desenvolvimento de Distribuição” chegou a 50%, até junho, e a meta financeira atingiu o índice de 31%, no mesmo período.

Para Rosenildo, os grandes beneficiados serão os clientes industriais, rurais e residenciais. “Com este incremento teremos melhoria de continuidade de fornecimento, aumento de disponibilidade e de qualidade de tensão”, afirmou. Ao final, ele lembrou que, este ano, ainda houve expansão de 97 km em redes de distribuição de energia elétrica.

Setor mineral – Informações e estatísticas sobre o segmento minerometalúrgico foram apresentados como objetivos de outros dois programas compreendidos no PPAG. O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Macedo, destacou o projeto “Difusão das Informações do Setor Minerometalúrgico”. Em sua apresentação, ele afirmou que a intenção é atualizar a fonte de dados do setor e divulgar as estatísticas da economia mineral, para auxiliar indústrias e investidores nas tomadas de decisão. Em 2013, a principal entrega foram as visitas a empresas para coleta de informações, mas a meta física não avançou e a financeira foi de apenas 3,7%.

O analista de Planejamento da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Sérgio Rodrigues Lima, apresentou o projeto “Gestão do Setor Mineral”, que, segundo ele, tem o objetivo de reunir informações geológicas e geofísicas do Estado, para, com isso, obter vantagens comparativas para o setor. Apesar das metas física e financeira estarem zeradas este ano, até o mês de junho, Sérgio lembrou que o trabalho acontece há 11 anos e fez com que Minas Gerais se tornasse o primeiro Estado brasileiro a ter 100% da cobertura aerofísica e ter 50% do seu território mapeado geologicamente. “As vantagens disso são facilitar a prospecção de depósitos minerais; reduzir o tempo, o custo e o risco das pesquisas; aumentar a chance de descobertas minerais; e facilitar a escolha de locais para a abertura de minas”, concluiu.

Questionamentos – Após as apresentações, o vice-presidente da comissão, deputado Tiago Ulisses (PV) fez ponderações aos convidados sobre diversos assuntos, entre eles a implantação do programa Smart Grid, de uso econômico e inteligente de energia elétrica; os cabeamentos subterrâneos em cidades históricas; a exploração de terras raras em regiões do Estado; as perspectivas de expansão de ramais de energia para cidades do Norte mineiro; e as perspectivas de investimento na produção de insumos para o setor agropecuário.

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