Patriarca da Independência será homenageado no Plenário
Os 250 anos de nascimento de José Bonifácio de Andrada e Silva motivam Reunião Especial na Assembleia de Minas.
30/08/2013 - 15:12Os 250 anos do nascimento de José Bonifácio de Andrada e Silva serão homenageados em Reunião Especial do Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A solenidade será nesta segunda-feira (2/9/13), às 20 horas. A homenagem atende a requerimento do deputado Sebastião Costa (PPS).
José Bonifácio de Andrada e Silva foi um estadista, naturalista e poeta brasileiro. Vindo de uma família aristocrata portuguesa, nasceu em Santos (SP), no dia 13 de junho de 1763. Um dos principais articuladores políticos da emancipação do Brasil, seu nome é lembrado historicamente como o Patriarca da Independência.
Aos 20 anos, foi estudar em Portugal e formou-se em matemática, filosofia e direito. Aluno brilhante, viajou muito para realizar pesquisas de química e mineralogia. Depois viveu em Portugal, entrou para o exército e lutou contra soldados de Napoleão.
Em 1819, aos 56 anos, voltou para o Brasil, se envolveu com a política, sendo elevado ao posto de ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros e um dos principais conselheiros de Dom Pedro I, então príncipe herdeiro da Coroa portuguesa. Na época, já se preocupava com as florestas e o planejamento do uso de recursos naturais. Ele foi um dos maiores defensores da ideia de tornar o Brasil independente e, por esse motivo, ficou conhecido como o Patriarca da Independência. Mas, no ano seguinte à independência, 1823, se desentendeu com o imperador durante a elaboração da primeira constituição do Brasil, de cunho liberal, cuja assembleia acabou dissolvida.
Ele permaneceu exilado na Europa até 1829, quando fez as pazes com o imperador e retornou ao Brasil. Em 1831, quando Dom Pedro I abdicou à coroa em nome de seu filho e partiu para Portugal, nomeou José Bonifácio como tutor do jovem príncipe, então com cinco anos. Ele seria responsável por orientar Dom Pedro II até 1833, quando, vítima de intrigas políticas, foi demitido pelo governo da Regência.
Depois desse episódio, abandonou de vez a política e, em 1838, morreu em Niterói, aos 75 anos. Foi sepultado em Santos (SP), onde viveu a infância e parte da adolescência, conforme pediu em testamento.