Assembleia analisará reivindicações sindicais
Presidente Dinis Pinheiro anunciou reunião com o Colégio de Líderes para analisar solicitações dos manifestantes.
11/07/2013 - 11:14O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Dinis Pinheiro (PSDB), recebeu na manhã desta quinta-feira (11/7/13), no Salão Nobre, representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Durante o encontro, as lideranças apresentaram a pauta dos movimentos e pediram apoio da Assembleia. Entre as principais reivindicações, estão a criação de um piso salarial estadual; aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLC) 23/12, que altera a Lei Orgânica da Polícia Civil; garantia do direito à greve; valorização dos servidores públicos; anistia aos professores grevistas de 2011; reforma agrária; além de saúde, educação e transporte de qualidade.
O presidente Dinis Pinheiro anunciou a realização de uma reunião com o Colégio de Líderes da Assembleia em 6/8/13 para analisar todas as pautas do movimento e identificar os projetos de lei em tramitação e discussões já existentes na Assembleia. "Todas as demandas serão levadas aos deputados e às comissões temáticas", afirmou. Ele ressaltou a importância das manifestações e disse que a ALMG é a casa da diversidade, do debates, da construção de consensos. "Quero reafirmar nosso compromisso de ouvir vocês sempre que necessário. Nossa casa está aberta. A Assembleia vai estar sempre ao lado das boas causas", disse.
O presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Antônio Miranda, agradeceu a acolhida, parabenizou a Assembleia pelo fim do voto secreto e destacou que o piso salarial em Minas é o maior anseio dos manifestantes. O deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB) lembrou que o Projeto de Lei (PL) 77/11 que cria o piso salarial estadual, do qual é autor, tramita há mais de dois anos na Assembleia e que sua aprovação é de fundamental importância. Segundo o vice-presidente da UGT, Paulo Roberto da Silva, Minas é o único estado do Sudeste que não possui piso estadual.
O deputado Rogério Correia (PT) sugeriu a formação de uma comissão composta por deputados e líderes sindicais para analisar as proposições e definir prioridades. Já o deputado Gilberto Abramo (PRB) afirmou que o maior desafio é sensibilizar o Governo do Estado.
O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol), Denilson Martins, lembrou que os policiais civis estão em greve há um mês e pediu que a Assembleia cobre um posicionamento do Governo do Estado quanto às reivindicações da categoria.
A presidente da CUT-MG, Beatriz Cerqueira, cobrou agilidade na respostas aos manifestantes e o cumprimento de acordos assumidos pelo governo estadual com os professores, entre eles, o pagamento do piso salarial e a anistia aos grevistas de 2011. "Nós acreditamos nos compromissos porque a Assembleia participou das negociações. As promessas, no entanto, até hoje não foram cumpridas", reclamou.
A líder da Central Sindical e Popular, Conceição de Oliveira, pediu atenção à pauta social dos movimentos, em especial, saúde e educação, e afirmou que o servidor público estadual precisa ser mais valorizado. Já o representante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Joceli Andrioli, defendeu a retomada das discussões sobre a reforma agrária e a redução das tarifas de energia elétrica.
Da ALMG, os líderes sindicais seguiram rumo à Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, para se juntar aos manifestantes.