Autoridades traçam panorama de obras na Av. Tereza Cristina
Alterações no trânsito e desapropriações na Região Industrial de Contagem foram alguns dos temas abordados na reunião.
09/07/2013 - 16:35As obras realizadas na Avenida Tereza Cristina, na Região Industrial de Contagem, têm causado grandes transtornos para a população, mas a tendência é de que esses distúrbios sejam atenuados. Esse foi o panorama traçado por autoridades durante audiência pública da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (9/7/13), que também destacaram o desenvolvimento trazido pelos investimentos. Na ocasião, moradores apresentaram as dificuldades enfrentadas no dia a dia por causa das intervenções.
Os trabalhos são relacionados ao Projeto de Requalificação Urbana e Ambiental do Ribeirão Arrudas, o PAC Arrudas, que tem como objetivo revitalizar a avenida e implantar unidades habitacionais, um centro comunitário, um comercial e outro de educação infantil (Cemei), assim como uma Unidade Básica de Saúde (UBS), por meio de parcerias entre os governos Federal e Estadual e as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem.
O deputado Anselmo José Domingos (PTC), que requereu a reunião, abriu a audiência com a apresentação da atual situação das obras do programa. O parlamentar enumerou alguns problemas que precisam ser corrigidos, como projetos inacabados, bota-foras clandestinos, lixo a céu aberto, ocupações da avenida por empresas e residências, problemas estruturais em apartamentos entregues às pessoas reassentadas e falta de cerca entre a mata do Parque Linear e a calçada.
Apesar das melhorias que ainda precisam ser realizadas, o parlamentar destacou que as obras, “sonhadas por todos os moradores e essenciais para a estruturação da região”, já trouxeram ganhos para o trânsito no local e que, quando concluídas, trarão muitos benefícios para os moradores do entorno da avenida.
População apresenta reivindicações às autoridades
Os moradores do entorno da Avenida Tereza Cristina confirmaram os problemas descritos pelo deputado Anselmo José Domingos e fizeram algumas reivindicações. O presidente da Associação dos Moradores do Bairro das Indústrias, Pedro Nogueira Barbosa, cobrou uma base da polícia na região, alegando falta de segurança no local, e melhorias na sua sinalização e no acesso ao Bairro das Indústrias, que fica na Região do Barreiro, em Belo Horizonte.
Representante da Comunidade Viva, Élida Carneiro resumiu outras solicitações da população, como a imediata correção dos problemas encontrados nas unidades habitacionais e na reforma do Clube Dom Bosco, localizado dentro do Parque Linear. “Os moradores precisam ser tratados com mais respeito”, resumiu.
DEOP garante que falhas serão resolvidas
O coordenador-geral da Unidade de Gerenciamento do Arrudas e Ferrugem do Departamento de Obras Públicas do Estado de Minas Gerais (DEOP-MG), Pedro Paulo Ferreira dos Santos, justificou os investimentos do PAC Arrudas e explicou os problemas encontrados na região. Segundo ele, as obras são importantes para a preservação do Ribeirão Arrudas e para a segurança das famílias que viviam em suas margens, com a implantação de galerias, de uma rede pluvial, de interceptores de esgoto e de muros de contenção. Pedro Paulo também defendeu a melhoria da articulação viária, com a pavimentação e a construção de viadutos e pontes no trecho que liga a região à Avenida Amazonas e ao Bairro das Indústrias.
Segundo o coordenador do DEOP-MG, as obras na avenida ainda não foram finalizadas porque a empresa responsável pediu a rescisão do contrato e, só agora, o órgão finalizou acordo com outra construtora para prosseguir com os trabalhos. De acordo com Pedro Paulo, algumas pessoas aproveitaram a ausência de uma empresa responsável pelo local para despejar lixos e móveis na rua.
Em relação às reclamações dos moradores dos conjuntos habitacionais construídos para abrigá-los, ele destacou que as unidades são entregues em condições de habitabilidade, o que não impede o aparecimento de problemas como fissuras e deslocamento de azulejos. Pedro Paulo garantiu que a empresa responsável por esses apartamentos vai consertar todos os defeitos denunciados pelos moradores, sem custos para a população.
Por fim, ele informou que a mata do Parque Linear será capinada, que as ocupações da avenida serão removidas por meio da Justiça e que as obras do Centro Comunitário, do Centro Comercial, do Cemei, do parque e da Unidade Básica de Saúde serão concluídas. Pedro Paulo explicou que os atrasos foram causados pela desistência de algumas construtoras e pela demora em algumas desapropriações.
Representando as prefeituras de Belo Horizonte e de Contagem, respectivamente, Weslei Rodrigues e Robson Braga afirmaram que o Poder Executivo acompanha todas as intervenções feitas, mas que necessita da entrega das obras para que os problemas sejam evidenciados e para que avaliações e medidas concretas sejam realizadas.