A Ceflag será responsável pela triagem e acompanhamento dos presos em flagrante de até 48 horas na RMBH

Central de Flagrantes quer reduzir custos com presos em MG

Visita da Comissão Especial para o Enfrentamento do Crack conheceu estrutura do órgão, nesta segunda-feira (17).

17/12/2012 - 13:48

O presidente da Comissão Especial para o Enfrentamento do Crack da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Paulo Lamac (PT), realizou, na manhã desta segunda-feira (17/12/12), uma visita à Central de Flagrantes (Ceflag), da Secretaria de Estado de Defesa Social. O órgão, inaugurado em novembro, tem previsão de iniciar suas atividades em janeiro de 2013, e será responsável pela triagem e pelo acompanhamento dos presos em flagrante de até 48 horas na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Na visita, o parlamentar conheceu as instalações e o trabalho realizado pela Central. Além de carceragem, a estrutura conta com espaços para atendimento psicológico, jurídico e de assistência social aos presos. Segundo a diretora da Ceflag, Ana Roberta Grapiuna, um dos principais objetivos é realizar o acompanhamento e o monitoramento de criminosos e dependentes químicos. “Nosso trabalho é feito em parceria com o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a OAB, que tem escritórios próprios na Central. O grande desafio é sensibilizar os pequenos criminosos e dependentes químicos a buscarem ajuda ou se tratarem”, disse.

Tornozeleira também é responsabilidade do órgão

A exemplo do que já é feito em São Paulo, Minas Gerais também terá monitoramento eletrônico dos presos, por meio de tornozeleiras. A atividade será coordenada pela Ceflag e, de acordo com a diretora do órgão, o material permite ao cautelado levar uma vida normal, com redução de custos ao Estado. “Um preso custa entre R$ 1.800 e R$ 2.200 para os cofres públicos. Com a tornozeleira, esse custo cai para R$ 186 por mês”, diz.

Ao final da visita, o deputado Paulo Lamac elogiou o trabalho da Ceflag e se disse otimista quanto aos resultados do uso da tornozeleira. Para ele, a estrutura é um avanço no sistema de defesa social, especialmente no que se refere aos dependentes químicos. “Será um funil importante para identificar e encaminhar essas pessoas para o tratamento adequado. Isso representa economia para o Estado e efetividade no atendimento aos usuários de drogas”, afirmou.

Conclusão dos trabalhos – O parlamentar fez, ainda, um balanço das atividades da comissão, que prepara seu relatório final ainda este ano. De acordo com ele, o documento retrata nove meses de trabalho e aborda a questão do crack com um todo. “Temos conclusões e boas propostas para pontos críticos, tais como o da prevenção de curto e longo prazo, o tratamento, a reinserção social, a repressão qualificada, a legislação e o financiamento de recursos”, finalizou.