Família relata que Paulo teria sido morto supostamente por motivação política

Família pede justiça pela morte de Paulo Joaquim de Souza

Morto com um tiro na cabeça, ele teria sido vítima de um suposto crime com motivação política, em Ribeirão das Neves.

22/11/2012 - 21:17

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais vai solicitar à Polícia Civil do Estado informações sobre a investigação da morte de Paulo Joaquim de Souza, de 35 anos. O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira (22) pelo deputado João Leite (PSDB) e pela deputada Maria Tereza Lara (PT), em visita à casa dos familiares da vítima, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Paulo foi morto com um tiro na cabeça no dia 6 de outubro, em um suposto atentado com motivação política. Ele era cabo eleitoral da ex-candidata do PSDB à prefeitura de Ribeirão das Neves, Gláucia Brandão, e estava em um dos carros que transportava militantes do partido e que foi alvejado por um terceiro veículo às vésperas do pleito eleitoral. As causas do crime, porém, ainda não foram apuradas.

Bastante emocionada, a viúva de Paulo, Edvânia Lopes Correia Souza, reclamou da falta de informações sobre a investigação do assassinato do marido. Casados por oito anos, eles tiveram uma filha de dois anos e meio que, segundo ela, tem sentido muito a falta do pai. A mãe da vítima, Tereza Soares de Souza, cobrou justiça e pediu aos parlamentares ajuda para não deixar que a morte do filho fique impune. "Eles destruíram uma família inteira", completou a irmã de Paulo, Luciana Aparecida Soares de Souza.

Gláucia Brandão elogiou a intervenção da ALMG no caso e sugeriu que as testemunhas do atentado fossem ouvidas. O deputado João Leite está avaliando a possibilidade de solicitar audiência pública para tratar do assunto. “Vamos cobrar do Estado que identifique e puna os agressores”, declarou. A deputada Maria Tereza Lara defendeu uma apuração rigorosa do crime. “Não podemos aceitar de forma alguma a violência. A vida é um bem prioritário do qual não podemos abrir mão”, afirmou.

Nesta sexta-feira (23), às 10h30, a Comissão visita Ana Cristina Franco Pimentel, mãe do estudante Fábio Pimentel Fraiha, que morreu em um acidente de trânsito ocorrido em setembro de 2012, em Belo Horizonte. Na ocasião, o carro de Fábio foi atingido por outro veículo, que era conduzido por um motorista que apresentava sintomas de embriaguez.