Comissão vai apurar situação de médicos cedidos a municípios
Classe estaria recebendo baixos salários, e deputados querem obter esclarecimentos em reunião com gestores do Estado.
21/11/2012 - 13:54Deputados da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais querem averiguar a situação de médicos do Estado cedidos a prefeituras quando da municipalização da saúde e que estariam recebendo os mais baixos salários da classe em Minas. A comissão pretende realizar uma reunião com representantes da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), conforme requerimento do deputado Carlos Pimenta (PDT), recebido nesta quarta-feira (21/11/12). O deputado estima que cerca de 1.500 médicos da ativa estariam sendo prejudicados, dos quais mais de 600 estariam cedidos somente à Prefeitura de Belo Horizonte. Outros 700 já teriam se aposentado com baixos rendimentos. Segundo o parlamentar, o salário-base dos médicos cedidos a municípios estaria em R$ 1.020,00.
Para o deputado Neider Moreira (PSD), que informou ter um irmão médico nesta situação, falta vontade do Estado para rever o posicionamento desses profissionais. Foi aventada a possibilidade de uma audiência pública sobre o assunto, mas o presidente da comissão, deputado Carlos Mosconi (PSDB), defendeu que seja feita antes uma reunião com representantes do Estado em busca de informações atualizadas. Segundo ele, prevalecendo a situação reclamada, os médicos estariam sendo "injustiçados".
Requerimento – A comissão aprovou requerimento da deputada Ana Maria Resende (PSDB) para debater o aumento dos casos de Aids entre os jovens e os projetos para combater o avanço desse vírus no Estado.
Na reunião os deputados ressaltaram, ainda, o esforço da comissão na busca de entendimentos e do diálogo que resultaram na a aprovação, na véspera, pelo Plenário, de projeto de lei do governador que institui gratificações para servidores da área de saúde.
Eleição – Em reunião especial, o deputado Carlos Pimenta (PDT) foi eleito vice-presidente da Comissão de Saúde, em substituição ao deputado Hely Tarquínio (PV), que deixou a comissão.