Sargento Rodrigues (ao microfone) avalia que os pedidos de novas dotações orçamentárias deveriam tramitar separadamente

Adiado parecer sobre crédito adicional para órgãos estaduais

Deputado Sargento Rodrigues questionou pedido do Tribunal de Justiça Militar.

07/11/2012 - 17:18

Em reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária ampliada da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada nesta quarta-feira (7/11/12), o deputado Sargento Rodrigues (PDT) pediu vista do parecer ao Projeto de Lei (PL) 3.474/12. De autoria do governador, o projeto autoriza a abertura de crédito suplementar ao Orçamento do Estado em favor da ALMG, do Tribunal de Contas, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Justiça Militar e do Ministério Público de Minas.

De acordo com o projeto original, o Poder Executivo fica autorizado a abrir crédito suplementar em favor da Assembleia até o limite de R$ 55,13 milhões, em favor do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais até o limite de R$ 41,2 milhões, em favor do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais até o limite de R$ 228 milhões, em favor do Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais até o limite de R$ 1,78 milhão, e em favor do Ministério Público do Estado de Minas Gerais até o limite de R$ 96 milhões. Os recursos serão destinados a cobrir despesas com proventos e aposentadorias e são provenientes do excesso de arrecadação da receita de contribuições patronais.

Para o deputado Sargento Rodrigues, os pedidos de novas dotações orçamentárias deveriam tramitar separadamente, uma vez que se trata de estruturas e de valores bem diferenciados. Ele lembrou ainda que a própria comissão aprovou, há uma semana, requerimento dirigido ao Tribunal de Justiça Militar solicitando informações sobre os subsídios e remunerações de seus membros e servidores.

O parlamentar explicou que a proposição foi motivada por matéria publicada em jornal mineiro que denunciou o pagamento de proventos de até R$ 104 mil, valor muito superior ao estabelecido pelo teto constitucional, fixado hoje em R$ 26,7 mil. “Fiquei surpreso com tal solicitação de crédito, não podemos aprovar mais verbas para esse tribunal antes de o mesmo esclarecer por que alguns de seus servidores e juízes têm rendimentos bem acima do teto. É nossa obrigação fiscalizar”, concluiu.

Pareceres aprovados – Foram aprovados os pareceres ao PL 3.475/2012 e ao PL 3.476/12. A primeira proposição autoriza abertura de crédito suplementar de R$ 35,6 milhões em favor do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, a serem destinados ao pagamento de despesas correntes, com pessoal e encargos sociais. Os recursos serão obtidos por meio de anulação de despesas e excesso de arredação. O relator, deputado Zé Maia (PSDB), apresentou ainda a Emenda nº1 para especificar a unidade orçamentária a que se referem os recursos provenientes da anulação de crédito.

Já o PL 3.476/12 autoriza o Poder Executivo a abrir crédito adicional suplementar ao Orçamento Fiscal do Estado em favor do Ministério Público do Estado de Minas Gerais no valor de R$ 62,5 milhões. Os valores serão destinados a cobrir despesas correntes, com pessoal, encargos sociais e investimentos. Esses recursos são provenientes de anulação de dotação orçamentária, excesso de arrecadação e saldo financeiro de convênios. A relatoria do parecer também é do deputado Zé Maia.

Consulte o resultado da reunião.