Deputados da Comissão Especial aprovaram também dois requerimentos para realização de audiências públicas na Capital e em Coronel Fabriciano

Comissão Especial aprova visita a Complexo de Saúde Mental

Deputados vão apurar denúncias de falta de segurança no Hospital Galba Veloso, no bairro Gameleira, em Belo Horizonte.

07/11/2012 - 17:05

Denúncias sobre falta de segurança dos trabalhadores que atuam no Complexo de Saúde Mental do Hospital Galba Veloso, no bairro Gameleira, em Belo Horizonte, motivaram a apresentação de requerimento parlamentar propondo a realização de visita ao ambulatório de internação de pacientes encaminhados àquela unidade, para desintoxicação, por ordem judicial. De autoria do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), o requerimento foi aprovado na tarde desta quarta-feira (7/11/12) em reunião extraordinária da Comissão Especial para o Enfrentamento do Crack da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

Na mesma reunião, os deputados aprovaram também dois outros requerimentos, assinados pelo presidente da comissão, deputado Paulo Lamac (PT), propondo a realização de audiências públicas na Capital e em Coronel Fabriciano (Rio Doce). A reunião em Belo Horizonte tem por objetivo discutir o reaproveitamento dos hospitais-colônias do Estado para tratamento de usuários de crack. Já a audiência em Coronel Fabriciano visa discutir o avanço do consumo de crack na região e as ações do poder público e da iniciativa privada para seu enfrentamento.

De janeiro a setembro foram registradas 29 agressões contra servidores
De acordo com a justificativa parlamentar, a visita da comissão ao ambulatório de internação de pacientes do Complexo de Saúde Mental do Hospital Galba Veloso tem o propósito de obter esclarecimentos sobre denúncias de agressão aos funcionários do Centro de Atendimento ao Trabalhador (CAT) e sobre as condições de trabalho, além de conhecer o tratamento oferecido aos internos.

As denúncias chegaram à Assembleia durante reunião da comissão de servidores da Saúde com os deputados estaduais, em 17 de outubro deste ano. Levantamento apresentado pelos servidores informa que, de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 29 agressões contra funcionários no CAT. Segundo os relatos, o número de agressões seria ainda maior, porque muitos casos ocorrem durante a noite, quando os funcionários não fazem o registro.

Conforme as denúncias, esses pacientes são encaminhados para desintoxicação, por ordem judicial, saindo do Fórum direto para o hospital, para internações por período mínimo de seis meses. O número de pacientes é grande e há situações em que 30 pacientes são cuidados por apenas duas técnicas de enfermagem. Os servidores denunciaram também que pacientes permanecem no chão por falta de vagas e que não há revista para visitantes. Os servidores temem não só por sua segurança, mas também dos pacientes.

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