O prefeito Flávio Botelho Leal (à direita) fez várias denúncias à Comissão de Segurança Pública

Joaíma registra casos de violência no período pré-eleitoral

Comissão de Segurança Pública recebe denúncia de tráfico de drogas envolvendo candidato a vereador da cidade.

02/10/2012 - 11:37

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu, nesta terça-feira (2/10/12), a requerimento do deputado Sargento Rodrigues (PDT), o prefeito de Joaíma (Vale do Jequitinhonha), Flávio Botelho Leal. Na oportunidade, o gestor falou sobre casos de violência que têm acontecido na cidade desde julho deste ano. O objetivo também foi ouvir o caso de apreensão de drogas e posse ilegal de armas envolvendo o candidato a vereador da cidade Carlos Charles Alves Franco. 

Conforme relatou o deputado Sargento Rodrigues, a Polícia Militar apreendeu, na casa do candidato, duas armas ilegais (um revólver e uma espingarda), além de maconha, cocaína e crack. Um adolescente estava no local e foi detido pela polícia. O parlamentar apresentou novo requerimento, aprovado na mesma reunião, em que solicita celeridade na abertura de inquérito sobre o assunto e a consequente prisão preventiva do candidato.

O pedido será encaminhado à Delegacia de Polícia de Jequitinhonha, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. “Esse candidato precisa ser retirado do convívio social. Não deve disputar um lugar na Câmara Municipal, mas sim no presídio”, afirmou o deputado. Ele acrescentou que, como candidatos só podem ser presos em flagrante delito, Franco teria saído de casa no momento da chegada da polícia para evitar a prisão. O presidente da comissão, deputado João Leite (PSDB), concordou e reiterou a urgência de se averiguar o fato.

Insegurança – O prefeito Flávio Botelho teme pela segurança pública durante e após o período eleitoral. Segundo ele, desde julho, cidadãos de Joaíma têm recebido ameaças, inclusive ele próprio. Os casos de violência seriam o desaparecimento de um jovem, o assassinato de um homem em praça pública e explosão de bomba em meio à multidão durante comício político e na casa de uma idosa que mora com um neto de oito anos. “A cidade é pequena, com cerca de 15 mil habitantes, e sempre foi muito pacata. Nunca tinha acontecido esse tipo de violência. Temo pela segurança dos cidadãos durante e após a eleição”, relatou o prefeito, que disse ter procurado a comissão para somar esforços na realização de uma eleição tranquila e democrática.

Os deputados informaram que já foi solicitado, informalmente, reforço de policiamento na cidade ao chefe do Estado-Maior da Polícia Militar, coronel Divino Pereira de Brito, e atenção ao caso de investigação à Polícia Civil.

Consulte o resultado da reunião.