O centenário de nascimento do coronel Manoel José de Almeida, que criou a Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), será comemorado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, durante Reunião Especial de Plenário, nesta segunda-feira (17/9/12), às 20 horas. A homenagem foi solicitada pela deputada Maria Tereza Lara (PT) e pelos deputados Almir Paraca (PT) e João Leite (PSDB).

Segundo Maria Tereza Lara, a reunião na ALMG será importante para reforçar que, além de ter sido deputado estadual e federal, Manoel José de Almeida era um homem que se preocupava com a educação dos jovens. “Em uma época onde não existia, no interior do Estado, escolas públicas integrais para jovens mais pobres, ele criou a Fucam e ofereceu esta oportunidade aos que não tinham condição de pagar por ensino particular”, explicou a parlamentar.

Criada há 63 anos, a Fundação Caio Martins, recebe, em tempo integral, aproximadamente mil jovens que cursam os ensinos fundamental e médio. O objetivo da entidade é promover a inclusão social de jovens e adolescentes por meio da educação, da qualificação e do desenvolvimento humano.

A Fucam tem sete unidades em Minas Gerais, onde os estudantes participam, ainda, de atividades complementares de marcenaria, padaria, informática, jardinagem, horticultura, bombeiro hidráulico, artesanato, computação, técnicas de escritório e almoxarifado. O processo de profissionalização continua no ensino médio com o curso técnico em agropecuária.

O nome dado à instituição - Caio Martins – é uma homenagem ao escoteiro morto num desastre ferroviário,enquanto tentava salvar os companheiros.

Perfil – Manoel José de Almeida nasceu em Januária (Norte de Minas), no dia 23 de setembro de 1912. Na infância, foi alfaiate e sapateiro. Alistou-se na Polícia Militar em 1930, onde ocupou todos os postos até o de coronel, no qual se reformou.

Foi deputado estadual entre 1954 e 1958 e, na Assembleia Legislativa, iniciou sua luta em prol da construção da Hidrelétrica de Três Marias.

Na Câmara dos Deputados (1959-1979), continuou seu trabalho relacionado às crianças abandonadas, quando foi relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, destinada a investigar o "problema da criança e do menor carente no Brasil", resultando no trabalho "Realidade Brasileira do Menor".