Autoridades de Coronel Fabriciano defende centro administrativo na cidade
População protesta contra especulações sobre transferência de sedes administrativas do Governo

Fabriciano rejeita transferência de órgãos para Ipatinga

Requerimento apresentado sugere que sede de centro administrativo, se construída, fique em Coronel Fabriciano.

02/07/2012 - 11:57

Autoridades e o público presente em reunião realizada em Coronel Fabriciano pela Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta segunda-feira (2/7/12), foram unânimes em rejeitar a possível transferência de órgãos estaduais da região que funcionam no município, para Ipatinga, onde seria construído um Centro Administrativo da Região Metropolitana do Vale do Aço.

O deputado Pompílio Canavez (PT), que na reunião representou o autor do requerimento pela audiência, deputado Almir Paraca (PT), apresentou três requerimentos ao governo Estadual, um deles no sentido de obter informações sobre a real existência de um projeto de construção de um centro administrativo na região. O segundo requerimento seria para que, havendo a intenção de se construir esse centro administrativo, sejam feitos estudos para avaliar a possibilidade de sua implementação em Fabriciano, e não em Ipatinga. Para isso, o documento aponta como sugestão de local o prédio da antiga Fundação de Assistência Social do município e a sede da 40° Coordenadoria Regional do DER. Os requerimentos devem ser votados na próxima reunião da Comissão de Assuntos Municipais, na Assembleia Legislativa.

Vocação – A construção do possível centro administrativo em Fabriciano também foi defendida pelo vereador do município, Marcos da Luz Evangelista Limas Martins. “Temos uma vocação histórica para a prestação de serviços públicos”, considerou o vereador, complementando, ainda, que a retirada de órgãos públicos sediados hoje em Fabriciano significaria um retrocesso para a cidade, além do agravamento das diferenças e desigualdades entre os municípios da região. Além disso, segundo Marcos da Luz, Fabriciano está geograficamente no centro do Vele do Aço, sendo, portanto, contraditória a transferência dos órgãos públicos estaduais para outra cidade.

Histórico – Segundo o vereador,  as suspeitas de transferência dos seis órgãos estaduais sediados em Fabriciano para Ipatinga, onde seria construído um Centro Administrativo por meio da recém criada Agência Metropolitana do Vale do Aço, tiveram início no final de 2011, após notícias divulgadas por jornais da região. Esses órgãos seriam as Superintendências regionais de Ensino e de Saúde; a Unidade de Atendimento Integrado; o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o Ipsemg e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG).

Em maio de 2012, quando a Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia discutiu o assunto, o secretário de Estado extraordinário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, desmentiu essa afirmação, dizendo que a ideia de reunir em uma só cidade os 18 órgãos Estaduais dos municípios do Vale do Aço seria apenas um pleito junto ao governo, não havendo, no entanto, nenhuma decisão política ou planejamento orçamentário para isso.

Autoridades defendem permanência de órgãos em Fabriciano

Para o prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões, o município não poderia abrir mão dos órgãos estaduais que sedia. Para ele, isso reforçaria a desigualdade existente entre os municípios.

Na avaliação do engenheiro coordenador da 40° Unidade Regional do DER- MG, Nívio Pinto de Lima, qualquer mudança do órgão para uma outra região seria inviável, tendo em vista que o departamento está, hoje, localizado em uma região estratégica. Além disso, segundo ele, a área onde está localizado o órgão, de cerca de 10 mil metros quadrados, poderia também abrigar outros órgãos estaduais, caso venha a ser de fato construído um centro administrativo da região.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Coronel Fabriciano, Jorge Damasceno Júnior, também acredita que a transferência dos órgãos estaduais para outro município do Vale do Aço traria prejuízos à população de Fabriciano.

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