A possibilidade de construção de um Centro Administrativo da Região Metropolitana do Vale do Aço vai ser novamente discutida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização vai a Coronel Fabriciano para debater a possibilidade de transferência de vários órgãos regionais que funcionam no município para Ipatinga, caso o Centro Administrativo seja efetivado.

Solicitada pelo deputado Almir Paraca (PT), presidente da comissão, a audiência pública será nesta segunda-feira (2/7/12) na Câmara Municipal de Coronel Fabriciano, que fica na Rua Dr. Querubino, 173 – Centro. De acordo com informações obtidas junto ao gabinete de Almir Paraca, a iniciativa da reunião partiu do vereador de Fabriciano, Marcos da Luz, e do prefeito Chico Simões.

O vereador informou que começou um movimento em Fabriciano contra a criação do Centro Administrativo. De acordo com Marcos da Luz, o projeto está na contramão do que se defende para qualquer região metropolitana, em que as responsabilidades regionais são distribuídas entre os municípios que a compõem.

Por último, ele defende que, se o governo realmente quiser levar o projeto à frente, que construa o Centro Administrativo não em Ipatinga, mas em Coronel Fabriciano, que é o município mais pobre da região e tem a posição geográfica mais central. Ainda de acordo com Marcos, grandes indústrias sustentam a economia de Timóteo e Ipatinga, o que não acontece com Fabriciano, que tem economia voltada para a prestação de serviços. “Hoje as sedes regionais de órgãos estaduais de Fazenda, Educação, Saúde, além do IMA, do DER-MG e outros estão todos em Fabriciano, o que seria perdido com a transferência para o Centro Administrativo".

Reportagem – Na audiência realizada pela Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia em maio deste ano, foi citada uma matéria de março do jornal Diário do Aço. A reportagem destacava que a recém-criada Agência Metropolitana do Vale do Aço pretende construir em até três anos o Centro Administrativo. Nesse local, seriam unificados os serviços oferecidos pelo Estado, nos moldes da Cidade Administrativa Tancredo Neves, em Belo Horizonte.

Na ocasião, o secretário de Estado extraordinário de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira, desmentiu essa informação, garantindo que a ideia de reunir os 18 órgãos estaduais dos municípios do Vale do Aço não passaria de um pleito junto ao governador. Silveira também explicou que a região precisa de nova sede para a Região Integrada de Segurança Pública e de melhorias na Superintendência Regional de Ensino. Defendeu ainda que, caso se decidisse reunir os órgãos em um só local, seria aproveitada uma área ociosa do DER em Coronel Fabriciano.

Convidados – Para a audiência pública desta segunda-feira (2/7), foram convidados, além do prefeito, do vereador e do secretário de Gestão Metropolitana: o presidente da Câmara Municipal de Coronel Fabriciano, vereador Francisco Pereira Lemos; os secretários de Estado de Transportes e Obras Públicas, Carlos Melles; e de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; o diretor-Ggral do DER-MG, José Elcio Santos Monteze; e os presidentes da Associação dos Municípios pelo Desenvolvimento Integrado de Coronel Fabriciano, Luis Reis de Andrade; e da Associação Comercial e Industrial de Coronel Fabriciano, Jorge Damasceno Júnior.